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725 – Milagres e Milagreiros

Última atualização: 2019/09/13 3:26:38

Sempre se avaliou os governos de todas as esferas, por aquilo que prometeram em campanha comparado com o que produziram na constância do poder. E o resultado sempre foi desastroso: promete-se tudo e não se realiza nada daquilo durante a governança. Se isso fosse pouco, com a possibilidade da reeleição, renovam-se as promessas na segunda oportunidade e engana-se os incautos no segundo mandato, pela segunda vez. 

Quem elege o governante, sabe muito bem disso, arrepende-se depois, mas permanece no erro. Não se sabe se por falta de cérebro ou por ser crédulo demais. Sempre se soube que o brasileiro é o único povo que garante a mancada. Sabe que vai dar a mancada… e dá!

No momento, estão tentando passar alguns “filmes” já vistos antes. 

Exemplo 1: lá pela década de 1990, o governo do estado de Santa Catarina “convenceu” os prefeitos da AMEOSC, através de convênio, a “contratar” apaniguados políticos (para não dizer “aspones”) colocando-os à disposição da gloriosa CASAN. O salário seria pago pela mãe AMEOSC, com dinheiro repassado pela gloriosa, que vem caindo pelas tabelas até hoje.  

Uma beleza! Um dos apaniguados era de Chapecó e não aparecia nem para receber o salário. Aproveitou o tempo para fazer campanha para sua eleição a vereador. A gloriosa CASAN, mandava o dinheiro, sempre com atraso, faltando alguns trocados e sem os valores relativos à previdência social, férias e 13º salário, direitos trabalhistas. 

Exemplo 2: Também com a mesma estratégia de convencimento (estratagema, como diria o Felipão), o mesmo governo teve outra ideia brilhante: descentralizar a administração pública. Tudo iria começar pelo extremo Oeste, em uma área vital para a população: Saúde! E veio o golpe! O governo implantaria a 1ª Regional da Saúde e a AMEOSC, sempre ela, contrataria uma equipe técnica para administrá-la. Dito e feito, começou-se pela reforma do antigo prédio onde hoje funciona a Rede Feminina de Combate ao Câncer, pertencente ao Estado. O pessoal foi contratado, os salários estabelecidos com base nos valores pagos pelo Estado. Mais uma beleza! Lá pelo segundo ou terceiro mês, começou o atraso dos repasses. Os encargos sociais e direitos trabalhistas do tipo adicional de insalubridade, horas extras, férias, 13º salário, nem pensar. 

Pelo menos, a experiência serviu para alguma coisa: A 1ª Regional de Saúde foi o embrião que incubou as outras 32 Secretarias Regionais implantadas pelo inesquecível Luiz Henrique da Silveira, de saudosa memória. Este não esqueceu de atribuir o número 01 à primeira, no Extremo Oeste, com o argumento de que o Estado “começava” aqui.

Os reformadores do mundo continuam presente, sobretudo agora que os cientistas americanos descobriram um novo planeta.  

Mas, estamos falando dos reformadores do mundo da década de 90 do século passado. Trazidas essas novidades ao Extremo Oeste, houveram eleições municipais e os novos prefeitos eleitos averiguaram que a AMEOSC estava quebrada. Os prefeitos que discordaram das novidades propostas pelo Estado e implantadas na AMEOSC, suspenderam os repasses das contribuições refletindo em salários atrasados, previdência social não paga, e outras querelas mais.

Para resolver o problema, em reunião secreta, os prefeitos atribuíram a culpa aos funcionários. Com esta estratégia, reformaram tudo como num passe de mágica. 

A história se repete. Moises, o enviado de Deus para receber a tábua dos mandamentos, recebeu também a missão de recuperar o tempo perdido usando os estratagemas de Luiz Henrique e seus antecessores. Com uma conversa mole, o novo invento a ser empurrado goela abaixo das Associações de Municípios, onde pode ser encontrado terreno fértil, adubado com as promessas milagreiras do Messias, seus seguidores e o aliado Moisés, tenta empurrar a restauração e manutenção das rodovias estaduais, também com compensações financeiras, um verdadeiro canto da sereia para pegar trouxas. 

A primeira tentativa, com a AMOSC de Chapecó, fracassou. Os prefeitos decidiram não aderir ao programa “chama prejuízo”. 

Pelo jeito, adquiriram a tecnologia com as experiências da CASAN e seus sucedâneos, ainda no Século XX. A técnica de fazer reverência com chapéu alheio, não funcionou em Chapecó. Espera-se que São Miguel do Oeste não passe para a história como potencial comprador de bondes. Até a próxima.

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