Vejam em que situação nossa querida Pátria Amada Brasil foi colocada perante a comunidade internacional: uma charge de um dos mais antigos e principais jornais do País retrata o governo brasileiro como uma marionete, sendo manuseada por um ser gigante vestido de azul e vermelho, ostentando uma cartola imensa decorada com muitas estrelas e vestindo um fraque azul e calças vermelhas com listas brancas. Penso que não é preciso decifrar as figuras, mas vou fazê-lo. O gigante representa os Estados Unidos da América e a marionete retrata o governo brasileiro. Triste fim de Policarpo Quaresma, como diria Lima Barreto.
Como aceitar e ser feliz num País como o Brasil que a tão pouco tempo gozava de prestígio internacional, oitava economia do mundo, partícipe ativo do BRICS, grupo econômico criado para fazer frente à poderosa União Europeia e aos Estados Unidos com seus aliados subliminares? Como ser feliz vendo-se repentinamente jogado na vala comum dos submissos, por um governo sem noção, sem rumo, sem projetos de desenvolvimento?
É lamentável e entristecedor, ver as riquezas brasileiras sendo dizimadas pela ganância e pela soberba. É de chorar ao ver o orgulho da Nação sendo queimado para ser trocado por algumas toneladas de carne. É vergonhoso ver nosso País, de dimensões continentais adstrito à exploração da natureza para fornecer matérias primas ao países desenvolvidos para que estes se tornem cada vez mais ricos e poderosos. É de chorar em alemão (como dizia nosso amigo “Padre Pagliochi) assistir nossas empresas, remanescentes de governos que seguiram as orientações da CEPAL para desenvolver as indústrias de base, serem entregues de mão beijada às potências internacionais. Por fim, é vergonhoso ter que admitir que o desmonte da educação brasileira tem como único objetivo manter o povo pobre, negro e desempregado afastado do conhecimento para venerar as “Fake News” e acreditar no fascismo e na ditadura militar enquanto os protagonistas defendem o assassinato em massa.
E para culminar a tristeza, assistir a um povo passivo, sem poder de reação, embora espoquem exemplos de resistência tão próximos, continuar acreditando nas deliberadas manobras para enfraquecer as instituições e pavimentar o caminho para a ditadura.
A charge publicada pelo jornal pode, e deve, retratar a realidade do governo jaboti que se presta para isto: ser gozado interna e externamente pelo povo que tem mais noção que o próprio. Só não devemos permitir que nós, povo, sejamos gozados pelo governo.
Estamos chegando ao final de um ano de governo. Até agora, nenhum projeto para a população. Apenas a destruição do PT e das oposições, a criação do fantasma do comunismo de esquerda e a sonegação das alianças com as milícias e com os assassinos de aluguel e também o desinteresse pela geração de empregos, o que faz os trabalhadores aceitarem qualquer coisa para sobreviver.
O que esperar de um sujeito que se elegeu presidente da república empunhando uma bandeira nacional, fazendo promessas e respaldado por um partido político que se fortaleceu em cima dessas premissas e agora abandona tudo, partido, bandeira e promessas? É digno de pessoa sem caráter. Uma verdadeira biruta de aeroporto, que se move ao sabor do vento.
E não está só. À sua sombra seguiram nosso vizinho Gaudério, que também elegeu culpados (os professores) e os aponta como responsáveis pela sua ineficiência. Mas a companhia preferida é o nosso Moisés, que segundo a Bíblia foi o homem escolhido por Deus para liderar o povo de Israel em sua libertação da escravidão do Egito.
Na verdade, nosso Moisés foi escolhido pelo voto, para liderar o povo catarinense e para livrá-lo da eternização do PMDB e seus sucedâneos no governo catarinense.
Mas, fiel ao seu mestre, também cogita mudar de partido. Mesmo antes da decisão, já tem alguns seguidores. São os adesistas e os eleitores acéfalos. Não tem como se lembrar de nada.
Até a próxima!
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