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735 – TAL LIDER, TAIS SEGUIDORES

Última atualização: 2019/11/29 1:48:45

◉ O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA acolheu nesta terça-feira (26/11) uma representação movida pelo jornalista Luis Nassif contra Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, por ameaça. A ação foi enviada a Augusto Aras, procurador-Geral da República. 

Segundo Nassif, no último dia 7, dois policiais armados foram até sua casa para lhe entregar uma intimação pelo crime de injúria. O processo, que tem o governador fluminense como autor, foi movido em 13 de maio, após o jornalista lhe chamar de “genocida”. 

“Fui abordado em minha casa, em horário de almoço, por policiais armados, como se estivessem vindo executar um mandado para a prisão de um autor de crime cometido com violência física. Sem trazerem consigo qualquer cópia do inquérito ou mandado assinado por autoridade, limitaram-se a me entregar o documento e dizer que eu deveria comparecer à Polinter”, afirma a representação. 

◉ ENTRE OS INVESTIDORES ficou clara a percepção de que ao perceber que não terá força para aprovar seu programa, o governo tentará criar uma crise para ampliar poderes para além dos limites constitucionais. Já no Supremo Tribunal Federal, a reação do presidente Dias Toffoli foi entendida como uma resposta de que a ideia ditatorial não pode habitar cabeças que aspiram credibilidade.   

E entre os políticos, a conclusão básica é a de que Paulo Guedes é um “olavete”, ou seja, mais um ministro de extrema-direita no governo Bolsonaro.   

As declarações de Guedes foram avaliadas também entre investidores como uma reação do ministro a uma derrota que sofreu em público: o adiamento da reforma administrativa por interferência direta de Jair Bolsonaro.

◉ O PRESIDENTE DA COMISSÃO de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai oficializar pedido de esclarecimentos ao governador do Pará (MDB) e ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social, sobre a invasão à ONG Saúde e Alegria, em Santarém, e a prisão de quatro agentes de outra organização, a Brigada de Incêndios de Alter do Chão, na manhã do dia 26 último.

 “Vamos buscar informações sobre as motivações (para a ação policial). Há muitas coisas nebulosas nesse processo. Não podemos admitir que ações como essas, de criminalizar e perseguir, sejam aceitas como normais”. 

◉ “A MANHÃ DE HOJE (26) foi a mais triste de nossos 31 anos de história. Policiais chegaram de forma truculenta, com metralhadoras, sem a gente saber do que está sendo acusado. Sem mandado, levaram tudo: servidor, computador, livro caixa. Não tivemos acesso ao inquérito. Existe uma clara tentativa de rebaixar as ONGs. Conheço esses brigadistas presos. Espero que tenhamos no mundo mais pessoas como eles. Daqui a pouco, vão prender aqueles que estão limpando o petróleo das praias”, disse Scannavino.

Para o ambientalista, há um clima de inversão de valores que não pode mais ser alimentado. “Quem denuncia crime vai preso e quem comete crime é chamado de ‘cidadão de bem’, porque está movimentando a economia. Não tenho nada contra o agronegócio ou a exploração de madeira que geram empregos. Eu tenho contra a ilegalidade; a gente tem compromisso com quem faz a coisa certa”.

◉ O POVO INDÍGENA BORARI, de Alter do Chão, saiu em defesa dos brigadistas. “Vimos manifestar nosso apoio aos companheiros da brigada de Alter do Chão que foram presos, acusados indevidamente de terem causado o fogo em nossas florestas. A brigada de Alter sempre atuou em defesa do nosso território, conhecemos a seriedade do trabalho e honestidade dos nossos brigadistas”, destacou, por meio de nota, a associação Iwipuragã. “Entendemos que estas acusações fazem parte de uma estratégia para desmoralizar e criminalizar as ONGs e movimentos sociais de forma caluniosa. Áudios fragmentados, circulados fora do contexto, replicam um método já conhecido de influenciar a opinião pública, na tentativa de tornar fato acusações que ainda não foram comprovadas. Mas vamos aos fatos reais: nosso território vem sofrendo enorme pressão de especulação imobiliária que atropela os direitos dos povos originários e os planos de sustentabilidade para região, as ONGs e os movimentos sociais bem como moradores locais com formação técnica vem somando forças, na resistência. E neste momento são vítimas de uma grande armação.

Até a próxima!

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