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752 – DAS CRISES

Última atualização: 2020/04/15 5:07:07

→ RELACIONAMENTO 

Quem está em um relacionamento sabe que existem momentos de altos e baixos. Há períodos em que tudo está indo às mil maravilhas, mas há períodos em que as coisas podem ficar um pouco mais difíceis. Quando esses momentos  de dificuldade se tornam algo constante em uma união, pode-se falar que se está diante de uma crise. Existem casais que não suportam essa situação e decidem se separar; outros, pelo contrário, querem trabalhar suas fraquezas e avançar. Se essa é sua alternativa, a sugestão é que se siga algumas dicas a fim de neutralizar os efeios da crise que se avizinha. Em primeiro lugar, é preciso deixar claro o que se quer. É importante que se deixe o colaborador a par de suas vontades e desejos; que se respeite as diferenças; que se esteja ciente que haverá vida após o fato; que se busque a harmonia; que não se tenha medo da renovação e finalmente que se pense e aja.

Os caros leitores poderão, tranquilamente, transferir estas recomendações aos nossos governantes da esfera federal, onde qualquer semelhança não é mera coincidência. 


→  SAÚDE 

O ministro da Saúde do governo Temer, Ricardo Barros, foi categórico: “Nós não precisamos de mais recursos e eu não pedirei mais enquanto for ministro, porque os que temos têm sido mal gastos”. O posicionamento do ministro está de acordo com o discurso de redução de despesas do governo federal.

Historicamente, os gastos públicos do Ministério pouco cresceram acima da inflação nos últimos seis anos, segundo dados do Orçamento no site Siga Brasil. O valor investido pelo governo federal no setor, corrigido pela inflação, cresceu de 2012 a 2014. Depois disso, entrou em declínio. Além do valor, o porcentual do Orçamento dedicado à Saúde também diminuiu. A participação do setor cai em todos os anos a partir de 2014, chegando em 2017 ao menor valor da série.

Dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, se comparado com outros países, esse investimento é pequeno. Em 2014, o Orçamento da União investiu menos de 7% do total, enquanto a média mundial alcançou 11,7%. Questionado sobre essa disparidade, o ministro afirmaou que o dado não é motivo de preocupação. Barros ainda reforça que não pretende pedir aumentos de verbas. Nesse cenário, as expectativas para o futuro não são animadoras. 


→ PEC DO TETO

A emenda constitucional 95/2016, antes conhecida como PEC do Teto, estabeleceu um limite para as despesas da União nos próximos 20 anos, considerando os gastos do ano anterior corrigidos pela inflação. Proposta pelo governo, a emenda foi aprovada apesar das críticas. Para o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a mudança afetará investimentos em áreas importantes, como saúde e educação.

A Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin) calculou que, até 2036, o SUS deixará de receber R$ 434 bilhões do governo federal. Presidente do CNS, Ronald Santos acredita que a PEC do Teto fará o governo diminuir o valor dos investimento per capita em saúde, ao invés de congelá-los. Santos argumenta que o setor não consegue ser medido única e exclusivamente pela inflação. 

Na sequência, o que o próximo candidato a Presidente poderia ter prometido para melhorar a saúde pública no Brasil? Os candidatos poderiam apresentar propostas de gestão para a saúde, mas afirmar que vão levar mais recursos para o setor foi arriscado, principalmente considerando a política de redução de gastos do governo. Para o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Gonzalo Vecina, o prognóstico de novas verbas é improvável. Com a PEC do Teto, o futuro é desastroso. Nenhum candidato pode se meter a falar de aumento de investimentos na saúde.


→ CORONAVIRUS

A crise econômica provocada pelo coronavírus deve deixar um rastro de aumento de pobreza e desigualdade no Brasil. A deterioração social tende a ocorrer em duas frentes: colocando novas pessoas entre os mais pobres do país e piorando a condição da população já vulnerável.

A leitura dos especialistas, o quadro que se desenha com a pandemia reforça a necessidade de que o poder público haja com rapidez para mitigar os efeitos sociais da crise. 

A piora esperada para o mercado de trabalho deve ser o grande detonador do aumento da pobreza e da desigualdade. O Brasil tem um grande contingente de trabalhadores desempregados (11,9 milhões) e 38,3 milhões na informalidade. São grupos diretamente afetados pela paralisação da economia com a prática do isolamento social, considerada, no entanto, fundamental para que o país supere o surto.


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