Medicamento, chamado Coronavir, não teve estudos divulgados em revistas científicas. Ele é baseado no mesmo princípio do favipiravir, que já foi testado na China e no Japão.
A empresa R-Pharm disse nesta quarta-feira (8) ter obtido licença na Rússia para comercialização de um novo medicamento antiviral específico para o tratamento da Covid-19, de acordo com a agência Reuters. O remédio é chamado de Coronavir e a empresa diz que ele é capaz de inibir a replicação do coronavírus Sars-Cov-2.
A Rússia já tinha aprovado anteriormente o uso de outro antiviral, o Avifavir, em 11 de junho. Tanto o Coronavir quando o Avifavir tem como base um antiviral já alvo de estudos: o favipiravir. Ele foi analisado na China ainda está sendo testada no Japão, e não é comercializada. Em alguns casos, houve alerta de risco de má formação em embriões.
Tanto o Coronavir quanto o Avifavir não são comercializados no Brasil. Os responsáveis russos não divulgaram estudos randomizados e revisados por outros cientistas em revistas científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos contra a Covid-19.
Combate ao vírus
A empresa R-Pharm diz que um ensaio clínico envolvendo casos leves e médios mostrou eficácia para impedir a replicação do Sars-Cov-2. Os representantes afirmam que o ensaio mostrou melhora em 55% dos casos no 7º dia do tratamento. Os testes começaram em maio e foram aplicados em 110 pacientes.
“A prática clínica e o estudo clínico que realizamos confirmaram que o Coronavir interrompe muito mais rapidamente a infecção em decorrência de uma efetiva obstruçãoda replicação do vírus”, disse Mikhail Samsonov, diretor médico da R-Pharm, à Reuters.
O antiviral é um dos produtos da R-Pharm, que afirma estar desenvolvendo uma candidata a vacina contra a Covid-19 e diz ter já um medicamento aprovado pelo ministério da Saúde russo que atua contra a “tempestade de citocinas” causadas pelo novo coronavírus.
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