Cerca de 400 mil alunos em situação de vulnerabilidade serão atendidos, mas meta do governo é alcançar 1 milhão. Ideia de retorno também foi mostrada
O Ministério da Educação anunciou, nesta quarta-feira (1º),
a liberação de um pacote de plano de dados para estudantes carentes de
universidades e institutos federais para a retomada das aulas durante a
pandemia do novo coronavírus.
Em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, a
Educação vai fornecer internet gratuita para alunos em situação de
vulnerabilidade de institutos e de universidades federais — tanto do ensino
básico e médio como das faculdades. Serão atendidos 400 mil alunos em um
primeiro momento, mas a meta é atingir 1 milhão. A maioria deles está na região
Nordeste.
As universidades e institutos federais deverão definir os
sites e sistemas a que os estudantes terão acesso gratuito. Para os alunos que
tiverem plano de dados, haverá subsídios para acessar sites definidos pelas
instituições. Já aqueles que não têm plano poderão receber um chip para
utilizar a internet.
No entendimento do MEC, a maioria dos estudantes tem acesso
a equipamentos como laptops e celulares, mas o grande gargalo está na conexão,
com pacotes de dados que não são suficientes para acompanhar aulas em vídeo e
fazer downloads.
A partir da próxima semana, o governo
abre a licitação para a compra dos planos de bônus de pacotes de dados. A meta
é que, até agosto, os estudantes já estejam conectados e possam acompanhar as
aulas online.
Aulas presenciais
Também foi anunciado o Protocolo de Biossegurança, com
recomendações às instituições que planejam o retorno presencial às aulas. A
proposta é que as instituições mantenham o sistema híbrido — com aulas online e
presenciais.
O protocolo é focado nas instituições federais, mas poderá
ser aplicado pelas redes municipais e estaduais de ensino. O documento foi
produzido com a orientação de médicos e profissionais da saúde e segue as
diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Entre as medidas, o MEC orienta o distanciamento social e o
retorno de forma escalonada. As salas de aulas devem manter as portas e as
janelas abertas, além da higienização constante dos ambientes e da aferição de
temperatura e uso de máscaras e álcool em gel.
A cartilha com todas as orientações está disponível no site
do MEC.
Questionado sobre uma possível data para o retorno das
atividades presenciais, Vogel afirma que essa decisão deverá ser tomada pelas
Secretarias de Educação de cada estado. O MEC também destaca que as universidades
têm autonomia para definir como será o retorno presencial.
Desde março as aulas presenciais estão suspensas em todo o
país. Segundo o balanço do MEC, ao menos 10 universidades estão com atividades
remotas, 5 com atividades parciais e 54 com atividades suspensas.
As informações foram dadas pelo secretário-executivo do MEC,
Antonio Paulo Vogel; pelo secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas de
Souza; pelo secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Antunes
Culau, e pelo diretor-geral da Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões durante coletiva de
imprensa.
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