Ex-prefeita de Dionísio Cerqueira, Salete Gnoatto, foi a idealizadora do projeto SAMU no município, há 13 anos.
O Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) é um dos serviços de saúde de eficácia comprovada na missão de
salvar vidas. Para garantir que vidas não se percam entre um Acidente Vascular
Cerebral (AVC), um infarto ou um acidente de trânsito, foi montada uma
estrutura complexa e articulada, que começa no recebimento da chamada, pela
Central de Atendimento, e termina em um dos hospitais da região. E, nos
bastidores do SAMU 192, diuturnamente equipes se mobilizam de forma
sincronizada para que ninguém fique sem assistência.
A Central de Atendimento de
Dionísio Cerqueira é a porta de entrada para a assistência pré-hospitalar. No
dia 28 de junho de 2020, o serviço completa 13 anos de atuação no município
cerqueirense, além dos municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal da
Fronteira (CIF). A missão destes profissionais é a de fazer a triagem dos
pacientes, classificá-los de acordo com o risco de morte (verde, azul, amarelo
e vermelho) e acionar a ambulância para o socorro solicitado.
A estrutura operacional do SAMU
cerqueirense contém uma equipe técnica com 09 servidores, entre técnicos em
enfermagem e socorristas, que estão, 24h por dia, prontos para realizar os
primeiros atendimentos.
E como funciona o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência para quem está do outro lado da linha?
O secretário de Saúde do
município, Deniz da Rocha, explica que a chamada é atendida pelo telefonista,
que procura extrair o maior número possível de informações sobre o quadro
clínico do paciente e o endereço de onde a ligação foi originada. Na sequência,
a equipe se desloca e recebe os dados do contato, com a avaliação do risco que
o paciente corre, para que seja definido todo o plano de ação do atendimento.
Em seguida, os profissionais
assistem o paciente e, sendo necessário, o conduzem à unidade regulada. A
responsabilidade do SAMU termina no instante em que o paciente é acolhido pelo
hospital. E aí começa tudo novamente, com um novo paciente, com uma nova vida a
ser salva.
– O SAMU atende a todos,
indiscriminadamente, sem distinção de qualquer natureza ou classe social. Nossa
preocupação é com a vida do paciente – enfatiza Deniz.
Tempo resposta O Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência trabalha com o menor tempo resposta possível,
segundo afirma o coordenador do serviço, Samuel Ribeiro, esclarecendo que
vários fatores interferem nesse quesito, como por exemplo, o fato de ter
viatura disponível no momento e fluxo do trânsito. “A gente tenta o tempo mais
ágil possível, mas a ambulância vai chegar. Por isso contamos também com a
população, que repasse todas as informações corretas e assim possa colaborar
para a agilidade do atendimento”, salientou.
Nos casos graves como um infarto
ou AVC, enquanto a ambulância corta as ruas da cidade para chegar ao paciente,
o atendente se mantém na linha auxiliando a família ou cuidador com orientações
que visam ajudar na estabilização do paciente, ensinando o passo a passo da
reanimação até a chegada da equipe avançada.
Nos casos de baixa complexidade,
o paciente é orientado a procurar os serviços do posto de saúde, interagindo
com a Atenção Básica. “Nessa situação, avaliamos tanto a necessidade de o
paciente ir para o hospital ou não, bem como se poderá ir por meios próprios,
uma vez que há muitos casos que não é de urgência”, explicou Samuel.
Transporte de pacientes e
atendimentos em tempos de pandemia O SAMU recebe regulação externa, com as
demandas das ruas, quando internas da rede pública de Saúde, que são as
transferências entre hospitais. “Aí a gente vai fazendo a triagem de quem
atender naquela hora, observando a classificação de risco. No caso de um AVE
(Acidente Vascular Encefálico), mandamos a viatura sabendo que o paciente vai
precisar fazer uma tomografia. Levamos ele para o Hospital Municipal, bem como
já informamos sobre a gravidade do paciente,que necessitará de um exame mais
aprofundado, como uma tomografia encefálica, ou ainda uma intervenção
cirúrgica, que deverão ser realizadas nos hospitais referências (em Francisco
Beltrão ou São Miguel do Oeste), onde houver vaga disponível.
E, em tempos de pandemia, o SAMU
também está realizando a remoção de pacientes que apresentam sintomas gripais,
sendo da casa até o hospital, ou do posto ao hospital, pois, em casos possíveis
de risco de morte, os socorristas podem realizar os primeiros socorros.
O secretário Deniz destaca a
parceria firmada com o Corpo de Bombeiros de Dionísio Cerqueira, em que além da
cessão de servidores para o trabalho em conjunto com a corporação, a equipe do
SAMU realiza o acompanhamento das ocorrências dos brigadistas, em casos de
incêndios e acidentes, pois “desta forma os socorristas do SAMU serão os
apoiadores na ocorrência, realizando todo e qualquer atendimento de saúde nos
locais, enquanto que os combatentes possam realizar o seu trabalho, sendo no
apagar de um incêndio, ou o desencarceramento de uma vítima de acidente”.
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