Governador falou sobre os últimos acontecimentos envolvendo a compra dos respiradores de R$ 33 milhões
Em entrevista exclusiva à NDTV nesta quarta-feira (24), o governador Carlos Moisés (PSL) falou sobre as acusações que levam o seu nome no inquérito que apura irregularidades na compra dos 200 respiradores junto à empresa Veigamed. Segundo a força-tarefa que investiga o caso, o esquema fraudulento teve início há três meses.
Categórico, o chefe do Executivo catarinense afirmou mais uma vez não estar envolvido na compra que custou R$ 33 milhões ao Estado. “A verdade sempre prevalece. Acredito que a população confia no governador”, disse.
Durante a última sessão da CPI dos Respiradores na Alesc, na terça-feira (23), Samuel de Brito Rodovalho isentou o governador em relação às mensagens encontradas pela perícia no telefone do empresário. O conteúdo do texto que cita uma possível ligação entre ele e Moisés levou a investigação para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
“Eu vejo que ele fala a verdade e contra fatos não há argumentos”, disse Moisés ao ser questionado sobre a última declaração de Samuel.
Ao ser questionado sobre se sentir traído por algum dos investigados, Moisés preferiu não se posicionar e disse que aguarda o resultado das investigações da Operação Oxigênio.
Na entrevista conduzida pelo jornalista e apresentador Alexandre Mendonça, Moisés falou também sobre a situação atual do coronavírus no Estado. Apesar da baixa letalidade, a avaliação da equipe técnica é que os “casos aumentem” no próximo mês.
Retomada da economia
Questionado sobre a economia catarinense, o chefe do Executivo se mostrou confiante. Segundo Moisés, o Estado possui bons índices de emprego e acompanha de perto as medidas de isolamento social no comércio e indústrias.
“Nós temos muitas empresas procurando Santa Catarina. Em função da nossa gestão, nós nos tornamos um polo. Vamos sair melhores disso”, afirmou.
O governador falou ainda sobre o projeto Novos Rumos, destinado a obras de infraestrutura em Santa Catarina. Segundo ele, as obras financiadas pelo projeto consideram prioridades de cada um das regiões do Estado.
“Investimos R$ 30 milhões de recursos próprios, frutos das nossas economias na gestão do governo do Estado em obras de infraestrutura. Isso sem pegar crédito ou financiamento”, declarou.
Carlos Moisés comentou ainda sobre os cinco pedidos de impeachment em análise na Alesc. “Esses pedidos não tem uma fundamentação nem técnica, nem política”, disse o governador.
Desde janeiro deste ano a Alesc recebeu seis pedidos de impeachment do governador. O primeiro, protocolado em janeiro, foi arquivado pela presidência da Casa em fevereiro.
Confiante, Moisés reconheceu que muitos dos que votaram nele não o conheciam, mas que agora apoiam sua gestão. “Essa bolha da rede social, de gente contra e a favor, não reflete, na maioria das vezes, o que de fato está acontecendo no âmbito social”, comentou.
O governador falou ainda que todas as empresas públicas catarinenses apresentam resultados positivos. Como exemplo, citou a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina). A companhia conseguiu resolver o problema de queda de energia em 71% em Florianópolis e 68% em toda Santa Catarina.
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