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Polícia Federal recebe registro de reunião de ministros citada por Moro em depoimento

Registros foram enviados pela AGU na última sexta-feira (8). Ministro Celso de Mello liberou acesso aos dados para que investigadores pudessem usar informações em depoimentos.

Última atualização: 2020/05/11 8:07:45


Foto: Reprodução | Internet

A Polícia Federal recebeu nesta segunda-feira (11) a gravação da reunião de 22 de abril do Conselho de Ministros, no Palácio do Planalto, mencionada em depoimento pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro no inquérito que investiga a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Na reunião, segundo Moro, Bolsonaro cobrou a substituição do superintendente da PF no Rio de Janeiro e do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, além relatórios de inteligência e informação da corporação.

O material, recebido na Corte na última sexta-feira (8), foi entregue à PF por funcionários do gabinete do ministro Celso de Mello, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro tinha autorizou no último sábado o acesso aos dados pela Procuradoria-Geral da República, pela Polícia Federal, pela Advocacia-Geral da União e pela defesa do ex-ministro Sérgio Moro.

A intenção foi permitir que o material orientasse, no contexto do inquérito, as perguntas a serem feitas pelo investigadores durante os depoimentos marcados para esta semana.

Os registros estão sob sigilo temporário para o público. O ministro Celso de Mello já informou que pretende decidir em breve se a restrição de acesso às informações será mantida.

Investigações

Moro prestou depoimento de mais de oito horas no último dia 2 na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Ele foi questionado sobre as acusações de que Bolsonaro tentou interferir no trabalho da Polícia Federal (PF) e em inquéritos relacionados a familiares.

As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou a saída do governo, em 24 de abril.

O depoimento de Moro foi motivado por inquérito aberto pelo ministro Celso de Mello, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), a fim de apurar se Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF.

Essa suposta interferência foi a razão apontada por Moro em pronunciamento para ter deixado governo.

O ex-ministro fez esse anúncio quando o “Diário Oficial da União” publicou a exoneração do diretor-geral da PF, delegado Mauricio Valeixo. Segundo o ex-ministro, ele não tomou conhecimento prévio da demissão do diretor.

Foto: Reprodução | Internet

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