Governador Carlos Moisés prorrogou decreto de isolamento por mais cinco dias
Em coletiva de impressa, no final
da tarde de terça-feira (7), o governador Carlos Moisés anunciou a prorrogação
do decreto de isolamento social por mais cinco dias, valendo desde esta quarta-feira
(8). A decisão segue como medida de prevenção ao COVID-19 (coronavírus).
Entretanto, ela não foi bem aceita
pelas entidades que representam o comércio, prestação de serviços e indústria do
estado. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de São Miguel do
Oeste, Ivandro Spengler, comenta que a entidade é totalmente contrária a
decisão do governo. “Estávamos aguardando, na esperança de hoje o comércio já
poder abrir, até para aproveitar esses dois dias que antecedem a data da Páscoa
para vender. Dessa forma, encaramos a prorrogação como totalmente injusta, uma
vez que alguns segmentos estão liberados e outros não”, argumenta.
Ainda, Ivandro destaca outra
situação com a qual a entidade não concorda se referindo às normas de prevenção
ao coronavírus no município. Ele explica que deveriam ser diferentes considerando
que não há casos confirmados em São Miguel do Oeste. “O governador deveria
liberar para que cada prefeito fizesse seu decreto baseado na situação local,
pois já estamos há mais de 20 dias com o comércio fechado, mas não há nenhum
caso ainda e as empresas estão tendo que começar a demitir, a fechar as portas e
já não estão conseguindo pagar seus colaboradores então, a medida foi muito
desproporcional. Estão fazendo medidas na nossa cidade e região se baseando em
grandes centros como Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro, mas a nossa
realidade é diferente. A CDL se
posiciona totalmente contrária a esse decreto e implora para que o governo estadual
libere a abertura do comércio com todas as medidas de segurança”, pontua.
Já o presidente da Associação Comercial
e Industrial de São Miguel do Oeste (Acismo), Daniel Rodrigo de Souza, afirma
que essa decisão do governador deve ser acatada, pois não resta outra alternativa,
mas que fica um “sentimento de injustiça” perante ao comércio varejista que não
pode ficar de portas abertas, de acordo com as normas de segurança do
Ministério da Saúde.
“Achamos essa decisão injusta, por
ser uma discriminação visto que, praticamente outros setores estão abertos
trabalhando, enquanto o comércio varejista como as lojas de confecções e
calçados, não podem estar abertas”, enfatiza.
Daniel ainda argumenta que foram
feitos diversos documentos e pedidos através de entidades como Facisc e FCDL colocando
regras para funcionamento e, dessa forma, poder abrir o comércio seguindo as orientações
do Ministério da Saúde. “Não conseguimos fazer com que o governo se
sensibilizasse para que as empresas pudessem abrir para receber o crediário e
pagar seus colaboradores. Então, nesse
sentido ficamos consternados e indignados com essa não sensibilização do nosso
governador. Esperamos que ele possa rever isso. Estamos trabalhando nisso e que,
após esse decreto de cinco dias, possamos voltar a trabalhar com todo o
comércio varejista aqui de São Miguel do Oeste e região. É isso que esperamos e
é para isso que estamos lutando”, finaliza.
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