Home Presidente da CDL e da Acismo comentam prorrogação do decreto

Presidente da CDL e da Acismo comentam prorrogação do decreto

Governador Carlos Moisés prorrogou decreto de isolamento por mais cinco dias

Última atualização: 2020/04/08 11:36:21


Foto: Divulgação


Em coletiva de impressa, no final da tarde de terça-feira (7), o governador Carlos Moisés anunciou a prorrogação do decreto de isolamento social por mais cinco dias, valendo desde esta quarta-feira (8). A decisão segue como medida de prevenção ao COVID-19 (coronavírus).

Entretanto, ela não foi bem aceita pelas entidades que representam o comércio, prestação de serviços e indústria do estado. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de São Miguel do Oeste, Ivandro Spengler, comenta que a entidade é totalmente contrária a decisão do governo. “Estávamos aguardando, na esperança de hoje o comércio já poder abrir, até para aproveitar esses dois dias que antecedem a data da Páscoa para vender. Dessa forma, encaramos a prorrogação como totalmente injusta, uma vez que alguns segmentos estão liberados e outros não”, argumenta.

Ainda, Ivandro destaca outra situação com a qual a entidade não concorda se referindo às normas de prevenção ao coronavírus no município. Ele explica que deveriam ser diferentes considerando que não há casos confirmados em São Miguel do Oeste. “O governador deveria liberar para que cada prefeito fizesse seu decreto baseado na situação local, pois já estamos há mais de 20 dias com o comércio fechado, mas não há nenhum caso ainda e as empresas estão tendo que começar a demitir, a fechar as portas e já não estão conseguindo pagar seus colaboradores então, a medida foi muito desproporcional. Estão fazendo medidas na nossa cidade e região se baseando em grandes centros como Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro, mas a nossa realidade é diferente.  A CDL se posiciona totalmente contrária a esse decreto e implora para que o governo estadual libere a abertura do comércio com todas as medidas de segurança”, pontua.  

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Oeste (Acismo), Daniel Rodrigo de Souza, afirma que essa decisão do governador deve ser acatada, pois não resta outra alternativa, mas que fica um “sentimento de injustiça” perante ao comércio varejista que não pode ficar de portas abertas, de acordo com as normas de segurança do Ministério da Saúde.  

“Achamos essa decisão injusta, por ser uma discriminação visto que, praticamente outros setores estão abertos trabalhando, enquanto o comércio varejista como as lojas de confecções e calçados, não podem estar abertas”, enfatiza.

Daniel ainda argumenta que foram feitos diversos documentos e pedidos através de entidades como Facisc e FCDL colocando regras para funcionamento e, dessa forma, poder abrir o comércio seguindo as orientações do Ministério da Saúde. “Não conseguimos fazer com que o governo se sensibilizasse para que as empresas pudessem abrir para receber o crediário e pagar seus colaboradores.  Então, nesse sentido ficamos consternados e indignados com essa não sensibilização do nosso governador. Esperamos que ele possa rever isso. Estamos trabalhando nisso e que, após esse decreto de cinco dias, possamos voltar a trabalhar com todo o comércio varejista aqui de São Miguel do Oeste e região. É isso que esperamos e é para isso que estamos lutando”, finaliza.     

Foto: Divulgação

deixe seu comentário

leia também

leia também