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Que sinais o corpo pode dar para indicar um problema cardíaco

Cardiologista defende a prática de atividades físicas, mas alerta em que casos a pessoa deve procurar um médico antes

Última atualização: 2020/02/03 7:50:39


Praticar atividade física faz bem, é tratamento, em muitos casos. O sedentarismo mata muito mais, diz cardiologista – Foto: Pixabay/Divulgação/ND


Dor no peito, uma espécie de queimação, ou aperto são alguns dos sinais que o corpo pode dar para um possível infarto. O alerta é do cardiologista do Hapvida, Alexandre Gayoso.


O assunto ganhou força neste fim de semana, após um homem ter morrido subindo o Mirante, em Joinville, no sábado, dia 1. Luiz Carlos da Silva, 62 anos, sofreu um infarto, foi socorrido, mas morreu na ambulância, a caminho do hospital.


Luiz tinha uma vida ativa, não fumava, praticava exercícios físicos regularmente e jogava futebol com seus irmãos e amigos toda a semana. O Mirante, aliás, atrai, todos os dias, dezenas de pessoas em busca de atividades físicas, como caminhadas, e também atletas.


“É uma fatalidade”, entende Alexandre Gayoso. Segundo o cardiologista, esse tipo de ocorrência durante a prática de exercícios físicos é raro de acontecer. “A incidência de complicações durante a atividade física é muito baixa, menos de 1%”, reforça.


É mais fácil ter complicações por causa do sedentarismo ou outro fator de risco do que pela prática de atividades físicas. “Por isso, defendo que é seguro fazer.”


Mesmo assim, Alexandre Gayoso ensina como identificar sinais de um possível ataque cardíaco. Além da sensação de aperto ou dor no peito, a falta de ar desproporcional ao esforço ou a perda de rendimento durante a atividade física costumeira podem ser indícios de problemas cardíacos. Nestes casos, a orientação é procurar um médico.


Esses sintomas, completa o cardiologista, podem aparecer no início da prática da atividade física, mas geralmente se manifestam da metade para o final.


Alexandre Gayoso lembra, no entanto, que as pessoas precisam ficar atentas aos fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, colesterol alto, histórico familiar, depressão e ansiedade, doenças que aumentam o risco de um infarto. Quem tiver pelo menos três desses fatores deve procurar um médico para fazer exames e uma análise antes da prática de exercícios.


Mas se a pessoa não se enquadrar em nenhuma dessas situações deve mais é se exercitar, defende o cardiologista. “Praticar atividade física faz bem, é tratamento, em muitos casos. O sedentarismo mata muito mais”, reforça.


Para quem nunca se exercitou e pretende começar agora, o ideal é iniciar com uma atividade de leve intensidade e ir aumentando gradualmente, conforme o corpo vai se adaptando, ensina Alexandre. Isto até para prevenir lesões nos joelhos e coluna, por exemplo.


Na academia, o cardiologista recomenda que os exercícios sejam supervisionados por um profissional – educador físico. Ele não vê a necessidade de exame antes de iniciar em uma academia. “O cliente responde um questionário bem elaborado, embasado em pesquisas. Qualquer alteração neste documento, a pessoa é direcionada a um profissional”, conclui o médico da Hapvida.

Praticar atividade física faz bem, é tratamento, em muitos casos. O sedentarismo mata muito mais, diz cardiologista – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

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