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COMPORTAMENTOS ABUSIVOS

Última atualização: 2020/01/31 3:03:13

Nesta semana uma notícia nas redes sociais e jornais chamaram muita a atenção e promoveram inúmeros comentários. A referida notícia é sobre uma mulher que beija um homem que tentou matá-la (a tiros em agosto de 2019). A cena do beijo ocorreu logo após o julgamento, na cidade de Venâncio Aires – RS. Obviamente a maioria dos comentários fora no sentido de mais “julgamentos e condenações”, desta vez, pela atitude dela. Certamente quem leu toda a notícia pode dar uma opinião um tanto adversa à maioria, pois há uma certa “explicação” do fato como um todo. Mas, porque a descrição dessa “matéria” aqui, na coluna, familiaridades? Muitas pessoas sempre me questionam: porque a pessoa não deixa um companheiro (a) que é “tóxico”, agressivo e perigoso?

QUEM NÃO SE MOVIMENTA, NÃO SENTE AS CORRENTES QUE O PRENDEM*Rosa de Luxemburgo

Os relatos das pessoas que vivenciam essas relações, totalmente tóxicas, são de uma espécie de prisão, sentem-se amarradas. Seja pelo amor, pela dependência econômica, pelos filhos, pelo seu próprio histórico familiar e qualquer outra situação. Há sempre uma grande esperança, do cônjuge que convive, que a pessoa melhore e “fique igual” como “era antes”. Já ouvi o seguinte relato: “eu tenho o melhor marido do mundo”, mas também o pior de todos. Isso me prende! (sic).

Sê por um lado, a companheira (o) ainda ama, por outro, está profundamente desgastada a relação, produzindo ainda mais desespero e incapacidade resolução. A maior parte das vítimas de violência física e emocional lutam durante muito tempo para agradar à pessoa que amam, na esperança de que seu comportamento possa ajudar a eliminar os comportamentos abusivos. Infelizmente estas tentativas são quase sempre infrutíferas e até arriscadas, já que a pessoa que pratica abusos vai fazendo cada vez mais exigências, assumindo um controle cada vez maior sobre a vida da vítima.

Continua no próximo artigo.

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