Melhorar nosso país não é tarefa fácil e J. Bolsonaro, mesmo com discurso raso e de caráter messiânico, conquistou milhões de pessoas que estavam à espera de um milagre instantâneo para a resolução dos problemas crônicos do nosso país. Combate à violência, a corrupção, a desburocratização do armamento e o nacionalismo econômico compunham a pauta do então presidenciável. Crise é o que não falta, tem as atuais e as do passado para resolver. Para isso teria que contar com uma equipe de ponta.
Passados oito meses, nosso presidente tem defendido com unhas e dentes todo compromisso feito durante a campanha. Sem ter base no Congresso, o Planalto está colecionando derrotas significativas, como o decreto de armas e a reforma da Previdência.
No dia 11 de abril, no twiter, Bolsonaro publica “Oficializamos hoje, junto ao Ministério da Cidadania a criação do 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família”. Colocando um ponto final nas mentiras da esquerda que espalhava que o presidente acabaria com esse benefício dos mais pobres.
Em maio, Bolsonaro sancionou a lei aprovada pelo Congresso que permite a polícia tirar o agressor do convívio da vítima sem ter que esperar a decisão judicial, lapidando, assim, a lei Maria da Penha. É um significativo avanço no combate à violência contra a mulher. Evento pouco divulgado pela mídia.
Recentemente o governo federal anunciou oficialmente a Medida Provisória que irá liberar saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Para os que estão precisando de dinheiro, ainda que não seja um valor expressivo, vai ajudar bastante.
Porém, nem todas as atitudes do nosso presidente são boas, algumas são regadas ao vexame, que o expõe ao ridículo, e outras são desastrosas para a nação. A crítica vem de todos os lados: da mídia, dos opositores e até de seus eleitores.
Comentários do tipo “não existe fome no Brasil”, não tem conserto. Revela o absoluto desconhecimento da camada mais vulnerável da população. Infelizmente não existe nenhum projeto para amenizar o problema das pessoas que não têm onde morar, são desprezados pela sociedade e inexistentes para nossos representantes. O motivo é simples: isso não gera votos.
A indicação para a embaixada em Washington, nos EUA, ninguém mais, ninguém menos, que o próprio filho Eduardo. Será que não existe alguém gabaritado em todo território brasileiro para ter que indicar o próprio filho? Uns dizem que selecionar currículo demora, outros que concurso vai tempo e não tem credibilidade, e ainda aqueles otimistas dizem “temos que confiar no capitão”.
Também não podemos esquecer do decreto assinado que dispensa a exigência de vistos para turistas dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão. O fiasco é unilateral, ou seja, nenhum desses países atuou de forma recíproca. Vexame internacional!
A falta de conhecimento específico em diferentes áreas compromete o desenvolvimento e soberania nacional. Os exemplos são muitos:
Somente um nacionalista que não entende de Economia, colocaria alguém que, ao invés de valorizar a América do Sul para se tornar liderança dessa região, prefere se curvar diante dos interesses norte americano e europeu, que nos trata como colônia.
Somente um nacionalista que não entende de História não sabe que, antes da chegada dos europeus, a região da Amazônia estava impecável. Foi o capitalismo selvagem, oriundo da Europa e EUA, que está promovendo sua devastação.
Somente um nacionalista que não entende de Antropologia afirma que os índios devem ser integrados à “civilização”, ignorando que cada tribo tem sua própria estrutura de organização social.
Somente um nacionalista que não entende de Educação desprivilegia as melhores universidades da América Latina, que produzem ciência, para promover as instituições privadas de ensino.
Somente um nacionalista que não entende de Filosofia tem como guru Olavo de Carvalho, que nunca leu um livro do A. Schopenhauer. E se leu, não entendeu nada.
Não precisa ser nacionalista para saber que “a soma do quadrado dos catetos equivale ao quadrado da hipotenusa” e não “o triângulo é quase uma linha reta e a soma dos catetos se aproxima da hipotenusa”.
Resumindo: além de não entender de Economia, não entende de História, Antropologia, Filosofia, Educação e nem de Geometria.
Tudo isso tem causado um coquetel de sentimentos nos brasileiros, em especial nos seus eleitores. Ora nosso presidente acerta, ora comete erros terríveis. Precisamos mesmo contar com a sorte.
deixe seu comentário