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Alunos de escola de SC produzem álcool gel com própolis

Processo leva cerca de 30 dias. Turmas querem chamar atenção para importância das abelhas

Última atualização: 2019/08/03 9:40:12


Foto: Escola Agrícola Mun. Carlos Heins Funke/Divulgação


Notícias sobre a queda da população de abelhas pelo mundo e um programa de televisão inspiraram a professora Karla Bastos e os alunos de três turmas da Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke, de Joinville, Norte catarinense, a fazer álcool gel com própolis. A professora queria passar para os estudantes a agregar valor aos produtos extraídos da matéria-prima desses insetos.

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Tudo começou quando ela assistiu a um programa na televisão que mostrou um grupo de donas de casa do Rio Grande do Norte que faziam produtos a base de própolis e mel. Isso chamou a atenção dela porque na escola os alunos têm contato com abelhas devido a um convênio com a Associação dos Meliponicultores de Joinville.

Dessa forma, em abril ela levou a ideia para três turmas do 7º ano da escola, com estudantes com uma média de 12 anos. Nesta atividade, eles trabalharam com o própolis, usando pelas abelhas para fazer uma espécie de vedação na colmeia.

“O própolis é um antibactericida e antiviral natural tornando, assim, o álcool gel ainda mais eficaz. E, com a chegada do inverno, poderíamos usar para a prevenção de doenças comuns da época”, disse a professora.

Mãos à obra

Os alunos retiram cerca de 20 gramas de própolis de cada caixa. Depois, ele é misturado a álcool de cereais e glicerina. O resultado é colocado dentro de uma garrafa escurada e deixado no local por 30 dias. Os estudantes se revezam, pois é necessário mexer a substância pela manhã e pela tarde, explica a professora.

Após os 30 dias, tudo é coado em um filtro de laboratório por uma semana. O resultado é uma mistura de 30 mil. Isso é colocado junto com o álcool gel. A proporção é de 5 ml da mistura para cada 500 ml de álcool gel.

Os estudantes também acrescentam um corante e aroma. Cada turma escolheu a sua combinação, conforme a professora. Os alunos também escolheram nome para o produto e fizeram uma logomarca.

O trabalho começou em abril e foi apresentado em maio no Dia da Família na Escola, divulgado em uma feira colonial e em rádios de Joinville.

“O objetivo principal é que nossos produtos chamem a atenção para a preservação das espécies de abelhas, demonstrando os benefícios que elas nos proporcionam, destacando a importância da polinização para a preservação da vida no planeta Terra “, declara a professora. Sem a polinização, muitas espécies de plantas ficarão ameaças, segundo ela.

As 12 espécies de abelhas presentes na escola não possuem ferrão. Todas são do gênero Melipona. A professora já tem ideias para o próximo semestre: “iremos produzir sabonete líquido e sais de banho com base do própolis e mel”, diz


Foto: Escola Agrícola Mun. Carlos Heins Funke/Divulgação

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