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EMBRAPA LANÇA DUAS NOVAS CULTIVARES DE UVA ADAPTADAS AO SUL DO PAÍS

Última atualização: 2019/02/22 2:03:18


Uma ótima iniciativa de inovar e colocar nas mãos dos produtores de uva, mais uma vez a Embrapa como uma das maiores empresas de pesquisa do país coloca para as famílias rurais do sul do país duas variedades de uva que irão contribuir muito no melhoramento da produtividade e da lucratividade dos produtores de uva. São elas a BRS Melodia que é para consumo in natura e a BRS Bibiana destinada à elaboração de vinhos brancos.

A Embrapa Uva e Vinho lançou duas novas cultivares de uva adaptadas ao clima temperado do Sul do país: a BRS Melodia, uva rosada de mesa sem sementes, e a BRS Bibiana, para elaboração de vinho branco, com alto grau de açúcar, resistente a doenças e alta produtividade (potencial de 25 toneladas por hectare). Segundo a Embrapa, quando comparadas a outras variedades com a mesma finalidade, ambas demandam menor quantidade de insumos para o controle de doenças.

A BRS Melodia é uma cultivar de uva híbrida, com boa tolerância a doenças da videira, como o míldio e o oídio. Com coloração rosada intensa, a cultivar foi criada especialmente para consumo in natura, com sabor de tutti-frutti. Quanto à textura, é uma uva crocante e de casca fina. Segundo os pesquisadores da Embrapa, a BRS Melodia se adaptou muito bem à Serra Gaúcha sob cobertura plástica, região onde esse tipo de cultivo tem crescido.

BRS Bibiana é uma cultivar para elaboração de vinhos brancos. A cultivar de uva branca, BRS Bibiana, é geneticamente resistente às podridões dos cachos, pois eles não são compactos, o que demanda menos tratamentos fitossanitários. O nível de açúcar na maturação é elevado (em torno de 21° Brix) com acidez entre 100 e 120 mEq/litro, características com potencial de elaboração de vinhos que remetem àqueles obtidos a partir de uvas europeias. A nova cultivar se adapta melhor ao clima subtropical úmido da região da Serra Gaúcha.

CHINA IMPÕE BARREIRA A FRANGO BRASILEIRO COM TARIFA DE ATÉ 32% POR CINCO ANOS


Segundo maior comprador de frango do Brasil, a China decidiu impor tarifas antidumping à carne brasileira. O anúncio foi feito na última sexta-feira (15/2) pelo ministério do Comércio chinês. A medida começou a valer desde domingo (17/2). As tarifas vão de 17,8% a 32,4% e vão durar cinco anos, conforme o anúncio de Pequim.

Empresas que respeitaram um preço mínimo de venda do frango ficarão isentas da política. O grupo de isentos conta com 14 empresas, incluindo gigantes como JBS e BRF. A decisão de taxar o frango brasileiro partiu após uma investigação iniciada em 2017, que revelou um prejuízo importante ao setor avícola da China provocados com importações de frango brasileiro a preços inferiores ao custo de produção (prática conhecida como dumping). Os produtores asiáticos sofreram concorrência desleal por parte do Brasil,  afirma o comunicado.

Desde junho passado, os importadores chineses de frango brasileiro vinham pagando uma tarifa temporária de 18,8% a 38,4% do valor de suas compras. Após vários meses de negociações, o ministério do Comércio chinês revisou os percentuais e conseguiu chegar a um acordo com as 14 empresas brasileiras. As companhias apresentaram um “compromisso de preço”  considerado “aceitável”.

ALGUMAS COOPERATIVAS E INDÚSTRIAS ESTÃO ISENTAS DA TARIFA


Cooperativas do Paraná, como Copacol, Lar, Coopavel e Copagril também integram o grupo de isentas da tarifa. Aurora Alimentos Bello Alimentos, São Salvador Alimentos, Rivelli Alimentos, Gonçalves e Tortola, Vibra e Kaefer completam a lista.

Em 2017, a China foi o maior comprador de carne de frango congelada do Brasil, gerando uma receita de US$ 1 bilhão, segundo consultoria Zhiyan. No último ano, o país perdeu participação no comércio internacional para Tailândia, Argentina e Chile.

O Brasil foi o principal exportador de carne de frango congelada para a China em 2017, com quase 85% das importações do gigante asiático e por um valor anual próximo a US$ 1 bilhão, de acordo com a consultoria Zhiyan. Desde então, o país perdeu parcelas de mercado para Tailândia, Argentina e Chile, segundo a mesma fonte. O escândalo da Carne Fraca, deflagrado no Brasil em 2017, contribuiu com a interrupção dos embarques brasileiros para o país asiático.

Essa retaliação pode comprometer a cadeia produtiva da carne de frangos no Brasil em especial em Santa Catarina, onde se concentra a maior produção de frangos e as maiores agroindústrias do setor. Vamos esperar para analisar melhor o cenário, mas não é nada animador e os produtores devem ficar atentos a todas essas mudanças na macroeconomia.

GOVERNO ANULA TAXA SOBRE LEITE EUROPEU QUE BENEFICIA PRODUTORES NACIONAIS


O governo de Jair Bolsonaro anulou ainda no dia 06/02/19 tarifas antidumping sobre a importação de leite em pó, desnatado e integral vindo da União Europeia e Nova Zelândia. A medida provocou protestos dos produtores nacionais. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, por meio de um circular do Ministério da Economia. 

As tarifas de 14,8% sobre o leite europeu e de 3,8% sobre o leite neozelandês importados existiam desde 2001. Elas tinham a finalidade de proteger os produtores brasileiros e garantir preços estáveis no mercado nacional. 

Segundo o Ministério da Agricultura, entretanto, a taxação é uma medida temporária, apesar de reconhecer a eficácia para a rentabilidade do setor leiteiro nacional. “É preciso trabalhar em ações para reestruturar a cadeia produtiva do País”, informou a pasta. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) não poupou críticas, classificando a medida como “absurda”. A entidade afirmou que o leite europeu é “altamente subsidiado” e que “vai impactar duramente o preço do leite nacional, que já sofre com preços baixos”. 

Aqui em Santa Catarina alguns deputados estaduais e sindicalistas também se manifestaram contrariamente a medida e classificaram como um absurdo isso. Vai prejudicar e muito a cadeia produtiva do leite que é a base da economia nas pequenas propriedades rurais.

Esperamos que haja uma mobilização por parte do setor afetado para pressionar o governo a rever a medida, pois invés de adotar políticas de amparo aos produtores de leite fez o contrário, adotou medidas para expulsar as famílias do campo.

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