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Região é responsável por 40% dos acidentes com taturanas no Estado

Os casos aumentaram consideravelmente em relação ao ano passado, o que pode ocasionar desabastecimento no banco de soros da Gerência de Saúde

Última atualização: 2019/01/25 11:38:45

Os índices de acidentes com animais peçonhentos são altos nesta época do ano, em especial com a lagarta Lonomia, popularmente conhecida como taturana. Na região de abrangência da Gerência Regional de Saúde de São Miguel do Oeste os casos aumentaram consideravelmente em relação ao ano passado. De todo o Estado, a região Extremo-Oeste é responsável por 40% dos acidentes com a Lonomia.

O biólogo e técnico do laboratório de entomologia da Gerência de Saúde de São Miguel do Oeste, Márcio Pereira, explica que devido aos altos índices de acidentes com a taturana, o que pode ocasionar um desabastecimento no banco de soros da gerência, pois os soros são distribuídos de acordo com o último índice enviado para o estado. O pedido é que, quem for para áreas de camping, locais próximos a vegetações, realizar trabalhos em locais com entulhos, tenha os cuidados necessários para que não ocorra o acidente.

Márcio explica que o contato com a Lonomia se assemelha a uma picada de cobra. “O contato com a lagarta é perigoso, o veneno se assemelha a uma picada de jararaca e pode levar a óbito. No momento a pessoa sente apenas uma ardência e não fica marcas na pele, então muitas vítimas não dão importância. A orientação é que seja procurado imediatamente uma unidade de saúde, pois quanto mais tempo demorar para iniciar o tratamento, menos eficácia terá. Quem avistar as lagartas nas árvores não deve tentar fazer a eliminação, mas sim entrar em contato com a Secretaria de Saúde do município, no setor de Epidemiologia, que fará o trabalho de retirada”, ressalta o Biólogo.

A lagarta é a principal preocupação, mas acidentes com serpentes, abelhas e escorpiões também foram registrados na região e necessitam orientações. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), no caso de picadasacidentes, a vítima deve procurar atendimento médico no serviço de saúde mais próximo nas primeiras horas após a ocorrência. A referência para atendimento de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), com funcionamento 24 horas pelo telefone 0800 643 5252.

 

O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES

• Manter a vítima calma e deitada;

• Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;

• Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno;

• Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;

• Cobrir com um pano limpo;

• Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;

• Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário; e

• Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro antiveneno específico.

 O QUE NÃO FAZER

• Não fazer torniquete –  isso impede a circulação do sangue e pode causar gangrena ou necrose local;

• Não cortar o local da ferida, para fazer ‘sangria’; e

• Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois poderá provocar infecção.

 COMO EVITAR ACIDENTES

• Utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) no manuseio de materiais de construção, lenhas, móveis, em atividades rurais, limpeza de jardins, quintais e terrenos, etc.;

• Observar com atenção os locais de trabalho e de passagem;

• Não colocar as mãos em tocas, buracos e espaços entre lenhas e pedras (utilizar ferramenta);

• Evitar aproximação de vegetação rasteira ao amanhecer e ao anoitecer (período de maior atividade de serpentes);

• Não mexer em colmeias e vespeiros (contatar autoridade local);

• Inspecionar antes do uso roupas, calçados, roupas de cama e banho, panos, tapetes, e afastar camas das paredes;

• Não depositar lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações;

• Evitar que plantas e folhagens se encostem nas casas;

• Fazer controle de roedores (servem de alimento para serpentes);

• Evitar acampar em áreas onde é sabido que há roedores e serpentes;

• Não fazer piquenique às margens de rios, lagos e lagoas, e não se encostar em barrancos durante pescarias;

• Limpar regularmente e com EPIs móveis, cortinas, quadros, paredes e terrenos baldios;

• Vedar frestas, buracos, portas, janelas e ralos;

• Manter limpos jardins, quintais, paióis e celeiros;

• Combater insetos (especialmente baratas que servem de alimento para escorpiões e aranhas); e

• Preservar predadores naturais dos animais peçonhentos.

 

Foto: Ilustração

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