São Miguel do Oeste, Mondaí e Guarujá do Sul lideram ranking dos municípios da região que já apresentam focos do mosquito Aedes aegypti nos primeiros dias de 2019
Ágil, silencioso e fatal. O mosquito aedes aegypti é o transmissor de pelo menos três doenças: dengue, chikungunya e zika vírus, e figura novamente em campanhas publicitárias de combate e prevenção em todo o país. E a região Extremo Oeste encara mais um combate contra o mosquito da dengue.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), São Miguel do Oeste (37), seguido de Mondaí (22) e Guarujá do Sul (19) lideram o ranking dos municípios que já apresentam focos do mosquito nestes primeiros dias do ano.
Confira a relação dos focos já registrados neste primeiro mês de 2019: Anchieta com 1 foco; Belmonte com 3 focos; Descanso com 11 focos; Dionísio Cerqueira com 2 focos; Flor do Sertão com 1 foco; Guaraciaba com 3 focos; Guarujá do Sul com 19 focos; Iporã do Oeste com 11 focos; Itapiranga com 13 focos; Mondaí com 22 focos; Palma Sola com 2 focos; Paraíso com 2 focos; Princesa com 2 focos; Romelândia com 2 focos; Santa Helena com 1 foco; São José do Cedro com 1 foco, e São Miguel do Oeste com 37 focos.
Cidades infestadas pelo mosquito
Em dezembro do ano passado, a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus em Santa Catarina teve um aumento de 37,4% no número de focos se comparado a 2017. Com relação à situação entomológica, que é quando são realizadas coletas de larvas para medir a densidade de larvas do mosquito aedes aegypti, verificou-se que 76 municípios catarinenses estavam infestados. Isso representa o acréscimo de 20% em relação a dezembro de 2017.
Na região Extremo Oeste, os municípios infestados foram: Anchieta, Bandeirante, Belmonte, Descanso, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Iporã do Oeste, Iraceminha, Mondaí, Palma Sola, Paraíso, Princesa, Riqueza, São José do Cedro e São Miguel do Oeste. (Conforme você observa na imagem).
Doença grave se combate com prevenção
Casos de dengue, febre chikungunya e doença aguda pelo vírus zika estão presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública do Ministério da Saúde. Profissionais da área da saúde sempre alertam e campanhas publicitárias reforçam, a melhor forma de combater o mosquito aedes aegypti é com prevenção. O clima de verão, com chuvas frequentes e calor intenso são propícios para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Sua proliferação acontece em qualquer local com água parada.
Conforme divulgado pela Dive/SC, os depósitos mais frequentes onde foram encontradas larvas do mosquito são armadilhas, que representam mais de 75% dos locais, seguido de lixo como recipientes plásticos, latas, garrafas, tampas, lonas, entre outros que possam acumular água, que representam 7,31%. Em menor porcentagem seguem pequenos depósitos móveis, pneus e outros materiais rodantes, outros depósitos de armazenamento, depósitos fixos, depósitos naturais e caixa d’água elevado.
Outro fator relevante que a Dive/SC traz, é que o comércio tem 34.35% de imóveis com foco do mosquito, seguido de residências com armadilha e residências sem armadilha.
Como prevenir?
Medidas de prevenção e combate ao aedes aegypti podem ser praticados por qualquer pessoa. Entre eles, incluem manter bem tampados tonéis, caixa e barris de água, lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenamento de água; manter caixas d’água bem fechadas; remover galhos e folhas de calhas para não deixar água se cumular na laje. Também é importante deixar garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, fazer manutenção da piscina regularmente, catar sacos plásticos e lixo do quintal.
A dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus e se configura como um dos principais problemas de saúde do mundo. Sua transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito aedes aegypti infectada. Os sintomas são: febre, cefaleia, mialgias, artralgias, dor retro-orbital. Podem ocorrer, também, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves, apresentando manifestações hemorrágicas.
Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com presença do aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação. As ações de prevenção e combate ao mosquito são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Situações de descasos sobre prevenção, ou locais com lixo e água parada podem ser denunciados na Secretaria de Saúde de sua cidade.
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