Participei junto com outros técnicos e agricultores do Extremooeste catarinense do II Encontro Estadual do SPDH nos dias 6 e 7 de novembro no Centro de eventos da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na capital catarinense em Florianópolis, SC.
O evento teve a participação de mais de 450 pessoas entre técnicos, agricultores familiares, estudantes universitários e outros admiradores e que acreditam nos sistema SPDH. Os participantes do evento se deslocaram de todas as regiões do estado.
O II Encontro Estadual do SPDH teve uma extensa e programação que iniciou na terça-feira, 6 de novembro, com painéis e lançamento de dois boletins técnicos da Epagri sobre produção direta de mandioquinha salsa e cebola. Uma palestra sobre a análise da conjuntura da agricultura familiar e outra sobre o processo organizativo e concepção metodológico, transição agroecológica com a lógica do SPDH.
No dia 6/11 ocorreu também um painel com depoimentos de diversos agricultores que implantaram o sistema SPDH em suas propriedades e apresentaram os resultados desse sistema. Conforme eles os resultados são altamente positivos tanto no aspecto social, ambiental e econômico.
Já na manhã da quarta, 7, foram realizada oficinas técnicas, onde, além do debate, acontecerão atividades práticas. Os temas abordados foram: Máquinas e equipamentos adequados para implantar e desenvolver o SPDH; Sementes de plantas de cobertura; produção de mudas e sinais em plantas.
Também ocorreu depoimentos de diversos extensionistas rurais da Epagri que acompanham as famílias no estado com orientações técnicas junto as famílias rurais e os desafios das famílias e dos técnicos em avançar neste processo de produção de hortaliças no sistema de plantio direto.
Desenvolver uma agricultura limpa e sustentável, que não utiliza insumos químicos, foi o objetivo do Sistema de Produção Direta de Hortaliças (SPDH). O assunto foi muito bem discutido durante o II Encontro Estadual do SPDH.
VANTAGENS DO SISTEMA SPDH
O SPDH é utilizado em cerca de 3mil hectares do território catarinense, o que representa em torno de 10% do total da área plantada com hortaliças no Estado. Segundo Marcelo, a Epagri tem como meta o ano de 2030 para que toda a horticultura catarinense esteja sendo cultivada em SPDH. Para tanto, a Empresa já desenvolveu o Sistema para quase todas as hortaliças. Somente a cenoura, que não é muito cultivada aqui, ainda não tem uma recomendação técnica da Epagri para esta tecnologia.
O diferencial do SPDH é promover o conforto da planta, reduzindo o estresse relacionado à temperatura, umidade, nutrição e ataques de pragas e doenças. Um dos recursos utilizados é a proteção do solo por palhada. Cada hectare de horta precisa de pelo menos 10 toneladas de palha por ano. A palha vem das plantas de coberturas cultivadas na própria propriedade. Propriedades de qualquer tamanho podem utilizar o Sistema.
O SPDH vem sendo difundindo pela Epagri como uma forma de transição da agricultura convencional para a agroecológica. Com orientação técnica adequada, os agricultores vão ganhando segurança para reduzir aos poucos o uso de insumos químicos, até o momento em que dispensam completamente sua utilização. Conforme o Marcelo Zanella, extensionista da Epagri e um dos responsáveis por difundir essa tecnologia. “Essa transição pode levar de dois a dez anos”.
O conhecimento é fundamental para o desenvolvimento do SPDH. Por isso, a Epagri, a UFSC e a UDESC promoveram esse Encontro, que contou como público-alvo agricultores, técnicos, estudantes e outros envolvidos nessa cadeia produtiva.
Na abertura do evento, diversas autoridades estaduais e nacionais se manifestaram positivamente em favor do sistema SPDH. Todos foram enfáticos que esse sistema não tem volta e o caminho da sustentabilidade está desenhado e cada vez mais precisamos investir em tecnologias sustentáveis e com rentabilidade.
FEIRA ITINERANTE É REALIDADE EM SÃO MIGUEL DO OESTE
Aconteceu no último sábado (10), a as 08h na Praça Walnir Bottaro Daniel, o lançamento do Grupo 2 da Feira Itinerante. Um primeiro grupo de agricultores de São Miguel do Oeste já realiza a Feira Itinerante todo sábado, na Praça Belarmino Annoni. No primeiro sábado de cada mês, acontece no bairro Salete; no segundo sábado de cada mês, no Bairro Estrela e no terceiro sábado a feira acontece no Bairro Agostini.
A partir deste sábado, outro grupo, organizado pela Secretaria Municipal de Agricultura e pela Epagri, atenderá todo sábado na Praça Walnir Bottaro Daniel. No primeiro sábado de cada mês, no São Sebastião; no segundo sábado, no São Jorge; terceiro sábado, Sagrado Coração e quarto, no Jardim Peperi.
Nas praças, o horário de atendimento será das 08h às 13h, e nos bairros das 08h às 11h30. Nas tardes de sábado e domingo, das 15h às 18h, na Praça Belarmino Annoni, ocorre também a Feira do Artesanato.
Conforme a extensionista social da Epagri, Leonilda Villani, todos os feirantes preencheram fica de inscrição, possuem alvará sanitário e de comercialização, emitem notas fiscais de venda e estão autorizados a comercializar produtos de origem vegetal, legalizados, com rótulo e rastreados a partir de 2019.
Estive acompanhando os feirantes e fazendo umas compras de produtos expostos e fiquei impressionado com a qualidade dos produtos que a Feira Itinerante oferece. Produto saudável e de qualidade, comercializado diretamente entre produtor e consumidor, garantindo assim o consumo de um produto mais fresco e saboroso.
Recomendo a população de São Miguel do Oeste a visitar um dos pontos da feira tanto do centro como dos bairros que vai encontrar produtos de qualidade e de boa procedência. A expansão da Feira Itinerante irá beneficiar produtor e consumidor, pois um número maior de famílias poderão comercializar seus produtos, gerando incremento de renda no campo, e levando estes produtos para mais perto da população.
SEMANA DA PISCICULTURA COM SEMINÁRIO REGIONAL
Aconteceu entre os dias 12 e 14 de novembro, a Semana da Piscicultura na sede da ACBEOSC, localizada no Parque de Exposições Rineu Gransotto. Os eventos foram organizado pela Secretaria Municipal de Agricultura e pela Epagri de São Miguel do Oeste.
O primeiro dia (segunda, 12) ocorreu curso de Piscicultura Básica, ministrado pelo extensionista rural da Epagri, Osvaldo Rüppel. Com foco na qualidade da água, sistemas de produção para SC e Peixe Verde. No dia (terça, 13), ocorreu uma oficina sobre pratos à base de peixes, com a extensionista social da Epagri, Leonilda Villani.
Já no último dia, quarta-feira (14), foi realizado o 1º Seminário Regional de Piscicultura & Sistemas Agrícolas do Extremo Oeste de Santa Catarina com Ciclo de Palestras. Incluindo palestra com o gerente da Pesca da Secretaria de Estado da Agricultura, Sérgio Wincler da Costa, sobre Políticas Públicas de Incentivo e a “Nova Lei da Piscicultura” e com o extensionista do CEPAF, Dr. Jorge Matos Casaca, sobre os Sistemas de Produção para Santa Catarina e Serviços Ecossistêmicos.
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