No total, 13 empresas e sindicatos foram reconhecidos pelas práticas educacionais que executam para elevar a qualificação dos seus trabalhadores e da comunidade
A Cooperoeste Terra Viva está entre as empresas vencedoras do Prêmio Santa Catarina pela Educação, promovido pela Federação das Industria do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O projeto premiado foi “Qualidade no Transporte do Leite é a prática vencedora da Cooperoeste – Terra Viva, de São Miguel do Oeste. Iniciada em 2016, a formação tem o objetivo de treinar os profissionais que atuam na coleta e transporte do leite, quanto à legislação vigente e às práticas corretas e necessárias para garantir a qualidade, integridade e segurança do produto, desde a coleta até o descarregamento na indústria. A capacitação é realizada com material produzido pelo Senar.
Para o presidente da Cooperoeste, Sebastiao Vilanova, a premiação é motivo de orgulho e mostra que o trabalho vem sendo bem feito. “Ficamos satisfeitos e felizes, porque a gente tem prestado esse trabalho aos nossos colaboradores e também para nossos freteiros de leite. Para que eles possam chegar lá no produtor, recolher a matéria prima e trazer com qualidade para nossa empresa”, comenta.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, citou na abertura do evento de premiação o estudo da Fundação Getúlio Vargas, o qual mostra que, se o Brasil tivesse as mesmas taxas de investimento da Coreia do Sul em educação desde 1950, seria pelo menos 18% mais rico do que é atualmente. “Por outro lado, se o país apresentasse as mesmas taxas de escolaridade que o país asiático, seria 40% mais produtivo”, frisou.
Aguiar lembrou que iniciativas voltadas à qualificação do trabalhador vêm contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e o alcance de melhores resultados nos negócios. “É nosso dever dar visibilidade a essas empresas que estão comprometidas com os seus trabalhadores e com a criação de ambientes de trabalho sempre mais competitivos e sustentáveis”, disse.
O especialista em relações do trabalho, José Pastore, participou da entrega do Prêmio e falou sobre a educação como estratégia competitiva para as empresas. “O economista Paul Krugman, que ganhou o Prêmio Nobel, diz o seguinte: a produtividade não é tudo para o crescimento econômico, mas é quase tudo. E eu diria: a educação não é tudo para a produtividade, mas é quase tudo”, defendeu.
Estudos mostram que um ano a mais de escolaridade tem impacto significativo na remuneração do trabalhador. Pastore afirmou que treinamentos geram retornos de longo prazo sobre a produtividade e os salários. “Além disso, estamos vivenciando transformações importantes no mundo do trabalho, com as carreiras múltiplas. As escolas tradicionais não dão conta de acompanhar a revolução 4.0”, destacou.
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