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BANDEIRANTE DÁ SEQUENCIA AS AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

Última atualização: 2018/06/22 1:45:44


O município de Bandeirante no Extremooeste catarinense, através da Epagri e a secretaria municipal da agricultura com apoio do Projeto Anater estão desenvolvendo uma série de ações proativa para melhorara a recuperação e conservação do solo e água.

Já foram desenvolvidas diversas ações como seminário municipal, campanhas educativas, oficinas temáticas, curso de SPDH (Sistema Plantio Direto de Hortaliças) e agora recentemente forma realizadas duas Reuniões Técnicas com DM (Demonstração de Método) sobre práticas conservacionistas de solo e água com enfoque na construção de terraços de base larga.

As Reuniões Técnicas com DM foram conduzidas pelo engenheiro agrônomo e doutor em solos, extensionista da Epagri, Clístenes Antônio Guadagnin. Onde o mesmo abordou com propriedade a preocupação que as famílias rurais devem ter em recuperar, conservar e adotar práticas conservacionistas para melhorar a estrutura e a fertilidade do solo.

Forma dois encontros nas comunidades de Novo Encantado e Linha Prata com a participação de mais de 40 pessoas entre agricultores familiares e técnicos. Os eventos foram divididos em dois momentos. Sendo um com informações teóricas e outro com atividades práticas.

Na prática forma mostrados e demonstrados os diversos equipamentos que podem ser usados para a medição e construção de terraços de base larga como: famoso pé de galinha em duas versões, mangueira de nível e o nível de engenharia. Foi também demonstrado na prática todo processo correto de coleta de análise de solo. Próximo passo agora é atender as demandas de construção de terraços nas propriedades rurais de Bandeirante.

CONSTRUÇÃO DE TERRAÇOS PARA COMBATER A EROSÃO 

A erosão hídrica está entre os mais relevantes processos determinantes da degradação das terras na agricultura brasileira, o que torna a adoção de práticas adequadas para seu controle um dos grandes desafios para a sustentabilidade da produção de grãos no Brasil.

O terraceamento da lavoura é uma prática de combate à erosão fundamentada na construção de terraços com o propósito de disciplinar o volume de escoamento das águas das chuvas. Essa prática deve ser utilizada concomitantemente com outras práticas edáficas (são formas de manejo ou tratos ou manipulação do solo), como por exemplo, a cobertura do solo com palhada, calagem e adubação fertilizante balanceadas, e com práticas de caráter vegetativo, por exemplo, rotação de culturas com plantas de cobertura e cultivo em nível ou em contorno. A combinação dessas práticas de controle da erosão compõe o planejamento conservacionista da lavoura.

O terraceamento consiste na construção de uma estrutura transversal ao sentido do maior declive do terreno. Apresenta estrutura composta de um dique e um canal e tem a finalidade de reter e infiltrar, nos terraços em nível, ou escoar lentamente para áreas adjacentes, nos terraços em desnível ou com gradiente, as águas das chuvas.

A função do terraço é a de reduzir o comprimento da rampa, área contínua por onde há escoamento das águas das chuvas, e, com isso, diminuir a velocidade de escoamento da água superficial. Ademais, contribui para a recarga de aquíferos.


PLANTIO DIRETO SEM TERRAÇO NÃO EVITA EROSÃO

Em solos sob plantio direto a presença de palha contribui para aumentar a rugosidade do terreno, estabilizar os agregados do solo e impedir a desagregação das partículas pelo contato direto com as gotas de chuvas, o que resulta em maiores taxas de infiltração e diminuição do volume de escoamento da água pela enxurrada.

Mesmo em solos sob plantio direto, a enxurrada pode ser expressiva principalmente com chuvas de alta intensidade e é agravado em terrenos com rampas longas ou de declividade acentuada. Nessas situações, pode até mesmo ocorrer a remoção da palhada pela enxurrada, o que agrava a perda de água e de matéria orgânica, mesmo que se perca pouco solo. Por isso, há um grande equívoco em se afirmar que lavouras sob sistema plantio direto não necessitam de terraceamento.

Argumenta-se, erroneamente, que a palha que recobre o solo retém a enxurrada, quando na verdade, a palha aumenta a velocidade de infiltração e diminui a desagregação do solo, mas não reduz completamente a enxurrada.

A eliminação dos terraços em sistema de plantio direto também é motivada pela maior facilidade na operação de implementos agrícolas destinados à semeadura, pulverização de agrotóxicos e colheita dos grãos. Contudo, não há dados científicos que auxiliem no estabelecimento de critérios para a retirada total de terraços em lavouras sob sistema plantio direto. A maior rugosidade do terreno e menor desagregação dos agregados do solo sob sistema plantio direto contribuem para o maior espaçamento entre terraços, mas não para sua eliminação.

Adicionalmente, o terraceamento contribui para o manejo das águas das estradas e para o retardamento e a contenção do aporte de agroquímicos aos mananciais hídricos. Em sistema plantio direto isso é ainda mais relevante, já que os corretivos, fertilizantes e herbicidas tendem a permanecer um maior tempo na superfície do solo, e os tornam mais predispostos à movimentação pela enxurrada e, dessa forma, aumenta o risco de poluição de rios e lagos.

Terraceamento agrícola consiste na distribuição de terraços em áreas agrícolas. Os terraços são distribuídos de acordo com as características da chuva, como quantidade, duração e intensidade, e da paisagem, comprimento da rampa, rugosidade do terreno, profundidade e permeabilidade do solo, e práticas de manejo agrícola, como plantio convencional, cultivo mínimo, plantio direto.

FESTA JUNINA É RESGATAR A CULTURA DA ROÇA

A festa junina é uma tradicional festividade popular que acontece durante o mês de junho. Essa comemoração é comum em todas as regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, e foi trazida para o Brasil por influência dos portugueses no século XVI. Inicialmente, a festa possuía uma conotação estritamente religiosa e era realizada em homenagem a santos como São João e Santo Antônio.

O começo da festa junina ao Brasil remonta ao século XVI. As festas juninas eram tradições bastante populares na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e, por isso, foram trazidas para cá pelos portugueses durante a colonização, assim como muitas outras tradições. Quando introduzida no Brasil, a festa era conhecida como festa joanina, em referência a São João, mas, ao longo dos anos, teve o nome alterado para festa junina, em referência ao mês no qual ocorre, junho.

Inicialmente, a festa possuía uma forte tom religioso, conotação essa que se perdeu em parte, uma vez que é vista por muitos mais como uma festividade popular do que religiosa. Além disso, a evolução da festa junina no Brasil fez com que ela se associasse a símbolos típicos das zonas rurais.


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