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Entrevista com o Senador Paulo Bauer

Entrevista concedida pelo senador e pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, Paulo Bauer, à TV GC na sexta-feira, dia 18

Última atualização: 2018/05/22 8:05:35


O senador da república e pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Paulo Bauer, visitou a região no final da semana passada. Em entrevista à TV GC na sexta-feira, ele falou sobre o objetivo da passagem pelo Extremo-oeste, cenário político no estado e no País. Para ele, a candidatura do PSDB é um caminho sem volta em Santa Catarina e revelou que o intuito é buscar parceiros para vencer as eleições e governar o estado.


Gazeta: Qual é o motivo da sua visita à região?

Paulo Bauer – Se destina em duas finalidades. A primeira, como senador da república, eu aproveito a viagem para contatar com autoridades e lideranças, identificar quais são as prioridades, quais são as necessidades, também presto contas do meu mandato, informando os recursos que foram viabilizados para este ou aquele município, para este ou aquele hospital. Também informando sobre leis que estão tramitando em Brasília, no Congresso Nacional. A outra finalidade, outro propósito é político eleitoral. Eu sou pré-candidato ao governador do estado, já lançado pelo meu partido, PSDB, e nos horários de almoço, de café da manhã, jantar, eu aproveito para fazer reunião com as lideranças do meu partido, de cada município, cada região.

Gazeta: E na questão do governo do estado, como estão as tratativas para coligações?

Paulo Bauer – O PSDB é um partido que tem crédito junto a vários partidos. Em 1998 ajudou a eleger o governador do PP, em 2002 ajudou a eleger o PMDB, em 2006 também, e em 2010 ajudou a eleger um governador do Democratas, que hoje passou a ser PSD. Portanto, o PSDB tem crédito. Mas nós reconhecemos que cada partido tem o direito de ter sua candidatura apresentada e todos os partidos grandes de Santa Catarina já apresentam candidaturas. Eu tenho impressão que o único partido que não vai abrir mão da candidatura é o PMDB, dos demais partidos, porque o PMDB é grande, hoje está no exercício do governo e, obviamente, depois do falecimento do Luiz Henrique, meu amigo, senador que se elegeu comigo e ex-governador, o PMDB está procurando encontrar um caminho e um fortalecimento de suas principais lideranças, então é muito difícil o PMDB abrir mão da cabeça de chapa. O PSDB já decidiu que não há outra opção, nós vamos ter um candidato a governador porque nós tivemos a minha candidatura em 2014, não faz sentido não ter nenhuma em 2018, então eu vou mais uma vez. Aliás, na eleição passada faltou 1% de votos para nós irmos para o segundo turno.

Gazeta: Justamente, o que você acha que mudou de lá para cá? 

Paulo Bauer – De 2014 para cá, mudou muita coisa, muita coisa mudou no Brasil. Nós tivemos o fim do mandato do PT na Presidência da República, nós tivemos a crise econômica afetando todos os governos e alguns estados até quebraram, foram à falência. Nós também vimos o povo brasileiro, o cidadão, o eleitor, prestar mais atenção na política, não vai votar errado, não vai fazer aventura, não vai ser irresponsável. A própria lei eleitoral mudou, não tem mais uma campanha tão comprida, não tem mais doação de empresas para a campanha eleitoral, então mudou muita coisa. E por isso mesmo, nós podemos até estabelecer uma coligação para ganhar uma eleição, mas o interesse maior não é ganhar a eleição, é fazer a governabilidade, criar as condições para que o governo funcione com aquele time comandando e, aí, por isso o PSDB, está, obviamente, conversando com outros partidos, PR, PSD, PP, PSB e outros tantos, para tentar estabelecer essa coligação, onde o PSDB possa comandar e liderar um projeto político em Santa Catarina. 

Gazeta – Como pré-candidato, como você absorve as acusações feitas contra sua pessoa nos últimos dias? Isso te atrapalha na candidatura?

Paulo Bauer – Atrapalhar, não atrapalha, mas gasta tempo da gente, porque tem que explicar, tem que contar e posso dizer que é natural isso. Chegou a campanha, começa a campanha, aí começa a aparecer denúncias, começa aparecer acusações. Mas eu sempre digo que, o que eu posso dar como resposta a essas coisas, são os 40 anos de atividade pública, limpa, transparente, honesta e bem cumprida. Deputado estadual, deputado federal quatro vezes, secretário da educação do estado duas vezes, vice-governador, senador da república, oito eleições disputadas e, naturalmente, que agora, quando parece que eu tenho chance de ganhar a coisa começa a ser um pouco mais intensa, as acusações são maiores. Mas também é preciso dizer uma coisa, como neste momento da vida pública do Brasil é, qualquer acusação, qualquer denúncia, deve ser apurada, deve ser investigada. Eu fico muito tranquilo, porque eu estou à disposição das autoridades que precisarem fazer alguma investigação, não tenho nada para esconder, não tenho medo de nada, estou muito tranquilo com relação a todos os meus atos. Se alguém diz alguma coisa a meu respeito, eu encaro isso com naturalidade, é natural que a gente possa ser acusado por alguém que seja, principalmente, quando a pessoa é um criminoso. Todo delator é criminoso e ele só é delator porque fez um acordo de que ia contar alguma coisa para aliviar o lado dele, para diminuir a penalidade que a justiça lhe impõe. Portanto, o que o delator diz tem que ser comprovado, e quem tem que provar o que ele fala e comprovar a verdade daquilo é a própria justiça e a justiça vai cumprir o seu papel, eu tenho certeza disso. Mas existe um problema, o tempo. Como são muitas denúncias no Brasil inteiro, de tudo que é tipo, para tudo que é lado, isso leva dois, três, quatro anos, e aí, eu sou obrigado a pedir aos catarinenses que me conhecem, que me deem o seu manifesto de confiança para que eu possa prosseguir, porque eu não tenho nenhuma dúvida e não deixarei dúvidas de que eu tenho absoluta tranquilidade e consciência tranquila a respeito de todos os atos que pratiquei em nome de Santa Catarina e em favor dos catarinenses.

Gazeta: E na questão nacional, qual é a projeção, a tua visão para o PSDB?

Paulo Bauer – O PSDB tem um candidato a presidência da república já anunciado, pré-candidato, que é o ex-governador de São Paulo, o Geraldo Alckmin. Ele foi governador por quatro vezes do maior estado do Brasil, não há contra ele, nenhuma acusação de irresponsabilidade, de incompetência, de falta de transparência e, obviamente, dentro do nosso partido, ele goza de grande prestigio e credibilidade. Nós estamos tentando também construir coligações com outros partidos, isso é obvio, nacionalmente, mas é preciso dizer uma coisa, o Brasil passou por um período muito ruim, muito triste, muito conturbado, com um partido político que ganhou a eleição fazendo as maiores barbaridades, como o mensalão do Lula, como a Lava-jato, como as obras que nunca foram concluídas, basta olhar aqui o Oeste Catarinense, nas questões de rodovias federais, como isso está, é uma calamidade, porque a economia deixou de ser forte, a arrecadação pública diminuiu e nós vimos um período de absoluta desordem, econômica, política e governamental no País. Agora, nós temos que pacificar o Brasil. O Brasil precisa se encontrar, precisamos unir o País. E eu digo que essa união do Brasil, não vai ser feita por quem é radical de esquerda ou radical de direita. Essa união não vai ser feita por quem não tenha como mostrar valores de família, essa união do Brasil não vai ser possível se o presidente da república não for um homem de fé, não for um homem que confia em Deus, como é o caso do Alckmin. E essa união não vai ser possível se nós não tivermos na presidência alguém que tenha a capacidade de abraçar a todos.


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