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“É especial, é incrível, ela foi uma guerreira”

Domingo é dia das mães e vamos conhecer a história da mamãe Cristiane, que deu a vida à pequena Helena Vitória, que nasceu prematura, mas se recuperou e hoje é a alegria da família

Última atualização: 2018/05/11 9:48:29


Quem conhecer hoje a pequena Helena Vitória, brincalhona e cheia de vida, não imagina por tudo que a criança passou. Ela nasceu prematura, com seis meses de gestação. Foram momentos difíceis para o casal Jonas e Cristiane Both, que precisou sair de Guaraciaba e passar quase dois meses em Chapecó, onde Helena ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do Hospital Regional. O futuro era incerto. “Os médicos não sabiam dizer nem se ela ia sobreviver. Era arriscado o parto. Era grande o risco dentro da barriga e fora, tanto que quando eu cheguei lá, eles tentaram segurar um pouco mais de tempo. Mas aí veio uma infecção grave, então eu tive que ter ela. Ela nasceu com 900 gramas”, relata Cristiane. 

Foram dias difíceis na permanência em Chapecó. O pai Jonas, acredita que o pior de tudo foi a angústia antes do parto, por medo de que Helena não sobrevivesse. “Os médicos conferiam os batimentos dela, mas você não sabe até quando ela iria suportar. E na hora que eu vi ela viva, ela era muito pequeninha, mas eu já via ela como um ser adulto, eu vi que ela já era vencedora ali, e dali um dia após o outro, a gente foi confiando. Os primeiros dias foram os piores, depois você começa uma expectativa, que ela ganhe peso, que ela não contraia nada, mas os piores dias mesmo, foram antes de ela nascer. Nesse caso de que ela teve que ficar na barriga”, relembra. 

Cristiane acrescenta que apesar da dificuldade, tentou ao máximo se manter tranquila, para passar tranquilidade ao bebê. “A gente estava naquela expectativa se ela iria nascer bem ou não, era muita coisa que passava na cabeça. Mas, apesar de tudo aquilo que estávamos passando, a gente tentava transmitir tranquilidade. E eu acredito que ela sentiu tudo isso, todas as orações, todas as vibrações, os pensamentos positivos das pessoas, foram de extrema importância para ela, porque eu só pedia para mim ficar forte para passar tranquilidade para ela, e que ela ficasse conosco”.

Rotina difícil e recuperação



Foram exatamente 58 dias de permanência em Chapecó, de uma rotina difícil. Sendo 28 dias entubada. “A amamentação era por sonda nesse tempo, era feito a coleta do leite em uma sala, eram várias mães, o que motivava, porque cada uma tinha a sua história, cada uma tinha a sua dificuldade”, relembra. “Tinha dias que você saía do hospital chorando, outros dias que você saia vibrando porque ela tinha passado bem. Podemos dizer que, de todo esse tempo, ela foi tão guerreira que  evoluiu de um jeito que até os médicos se surpreendiam. E cada dia sabendo que ela estava bem, que estava surpreendendo,  se superando, era uma motivação a mais, uma força a mais, era só amor que crescia”, explica.

Segundo Jonas, as dificuldades enfrentas por outros casais, serviu de exemplo. “Às vezes você achava que estava em uma situação difícil, mas aí você via parceiros, colegas lá em situações piores e a gente, na nossa situação, dava apoio para essas pessoas e vice-versa, um dava força para o outro. Às vezes você ia nas visitas e você saia radiante de felicidade e outras vezes você saia abalado, porque ela tinha contraído alguma “coisinha” ou um exame não tinha saído certinho como deveria ser, mas no outro dia já era outra história, e sempre evoluindo”, relata Jonas, fazendo questão de elogiar o atendimento recebido no Hospital Regional de Chapecó. “São pessoas muito competentes e comprometidas com as crianças”, resume.  

1º Dia das Mães

Hoje, quase nove meses depois, Helena está bem. “Graças a Deus, ela está muito bem. E muito brincalhona. Muito ativa, muito esperta”, comenta a mãe. E após tanto sofrimento, será o primeiro Dia das Mães de Cristiane. “É especial, é incrível, ela foi uma guerreira, e acho que isso foi o principal de tudo, que faz esse dia ser tão especial”, comenta. “Não é só domingo, é sempre. Mas domingo, todos os domingos a gente tem que estar com a família. Sempre! Quando eu penso em gratidão, eu lembro de uma coisa que me marcou muito, o medo que eu senti de saber que talvez eu ia voltar para casa sem ela. Isso foi uma coisa que me marcou muito e hoje eu vejo que Graças a Deus, eu estou com ela. Não tem explicação o que eu sinto. É só amor, amor e gratidão”, conclui.





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