De forma simplificada o conceito de “capital de giro” é o que a tradução do inglês nos remete: “DINHEIRO OU CAPITAL TRABALHANDO”, é um recurso de rápida renovação, pode ser dinheiro, créditos, aplicações, contas a receber, estoques, que representam a liquidez da operação disponível para os negócios da empresa.
É fundamental que o empresário compreenda a importância do CAPITAL DE GIRO, principalmente a fonte de origem, a captação destes recursos pode se dar de diversas formas, as mais sadias são: capital investido pelos sócios, crédito com fornecedores e recursos oriundo da própria operação. Também pode-se recorrer a outras fontes não tão interessantes, mas bastante procuradas: limite do cheque especial, empréstimos de curto prazo, desconto de títulos e cheques, agiotas, lembrando que estas fontes são especulativas, geralmente vem atreladas a elevadas taxas de juros, que acabam corroendo boa parte do lucro das empresas, portanto, podem ser utilizadas, mas racionalmente, para não comprometer a lucratividade do negócio.
Os principais fatos que precedem o aumento da necessidade de capital de giro são: a redução ou aumento inesperado das vendas, crescimento da inadimplência, aumento das despesas financeiras, aumento dos custos ou desperdícios de natureza operacional. Todos estes fatores podem estar previstos no “Fluxo de Caixa”, e o gestor do negócio poderá definir suas estratégias e escolher qual a melhor fonte de recursos, ou a menos impactante para o momento.
A necessidade de capital de giro está diretamente ligada ao ciclo de caixa da empresa, ou seja, desde o pagamento da matéria-prima até o recebimento da venda. Quando o ciclo é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim a redução do ciclo de caixa, significa receber mais cedo e pagar mais tarde, deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas.
A necessidade de capital de giro pode ser estimada com base no ciclo financeiro e com a utilização dos demonstrativos contábeis.
O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do gestor dos negócios.
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