Em entrevista à TV GC, o prefeito Plínio de Castro falou sobre os resultados positivos que o Semae apresenta após quatro anos da municipalização do serviço
Em entrevista à TV GC, o prefeito Plínio de Castro falou sobre os resultados positivos que o Semae apresenta após quatro anos da municipalização do serviço
O prefeito de São José do Cedro, Plínio de Castro, concedeu entrevista à TV GC para falar sobre a municipalização dos serviços de abastecimento de água através do Semae, que vem apresentando resultados positivos.
Gazeta: O que levou a administração tomar a decisão de municipalizar o saneamento e distribuição de água? Foi uma decisão sua?
Plínio de Castro: Foi uma decisão muito difícil de ser tomada na época, uma vez que nós precisávamos da melhoria dos serviços no município, esse foi o ponto fundamental. Nós fizemos uma avaliação do sistema, dos compromissos que a companhia que detinha os serviços no município havia assumido com São José do Cedro e que não estavam sendo cumpridos. Tinha deficiência no atendimento, não tinha celeridade e, por essas razões todas, uma vez que esse serviço é essencialmente municipal, nós tomamos a decisão de assumir naquele momento o sistema de abastecimento de água.
Gazeta: Tudo que entrava antes, praticamente ia embora e os investimentos, essa é uma das questões também, eles acabavam indo embora do município?
Plínio de Castro: Não resta menor dúvida, mesmo com todas as condições que tivemos na época, que foram adversas, se nós tivéssemos que decidir hoje novamente e mais dez vezes, nós com absoluta convicção assumiríamos o sistema de novo, porque além de melhorar os serviços para a comunidade, que é o mais importante, melhorou a qualidade do produto. Para as pessoas terem conhecimento, o município não licita mais água mineral para servir os seus departamentos, mesmo nas escolas ou nas creches, é a água do Semae que será utilizada, porque nós temos segurança no produto que estamos fornecendo à população de São José do Cedro. Neste período, além da manutenção tradicional que é o devido, nós já investimos quase R$ 3 milhões no próprio sistema. Muitas pessoas as vezes questionam porque não são obras visualizadas, a maioria delas estão escondidas, ou estão enterradas, mas nós automatizamos praticamente todo o sistema, ampliamos, melhoramos as redes, damos celeridade no atendimento, a cidade não ficou mais sem água, o máximo que pode ocorrer é por duas ou três horas, um meio dia, em uma determinada rua ou um determinado bairro, para a gente fazer um conserto, uma obra de melhoria. Adquirimos uma frota de veículos toda nova, o veículo mais velho da frota do Semae é do ano de 2017, e temos um valor significativo reservado e estamos começando a pensar no saneamento, porque São José do Cedro não tem nenhum método de saneamento, mesmo nas estações de tratamento onde precisa iniciar o processo de saneamento. Então, nós estamos plenamente satisfeitos, e fruto desse trabalho também, eu penso que as pessoas acompanham, semanalmente nós estamos recebendo visitas de outros municípios, não só da região, mas do estado, que vêm aqui para conhecer o nosso sistema e vários municípios estão adotando essa postura também.
Gazeta: Inclusive, novos loteamentos que estão sendo abertos, novos bairros, vocês também já estão em conversações, em reuniões com comunidades no interior, que possuem problemas com a água, vocês estão pensando em levar água do Semae para essas comunidades?
Plínio de Castro: Não, nós já levamos para algumas comunidades e estamos com projetos prontos já para serem executados. Nós estamos fazendo a expansão das redes, praticamente todas aquelas propriedades, as pessoas que tinham necessidade circunvizinhas do perímetro urbano ou das sedes dos dois distritos, os quais nós atendemos também, nós já fizemos essa expansão, e estamos fazendo em outras comunidades do interior. A nossa intenção é ter uma cobertura, amanhã ou depois, em 100% do nosso município, e o sistema permite isso, nós temos além do abastecimento da sede, nós temos dois distritos que são abastecidos por poços artesianos, e outras comunidades que estamos investindo com próprios recursos do Semae, com o próprio resultado da eficiência do serviço, fazendo estes investimentos em algumas comunidades do interior.
Gazeta: Para nós encerrarmos, como o senhor sente, como administrador, estar recebendo visitas de autoridades de outros municípios que pretendem aderir ao sistema?
Plínio de Castro: Posso até cometer equívoco ou pecado por não relatar todos os municípios que vieram nos visitar, mas enfim, só os últimos que me recordo, o município de Videira, nosso vizinho município de Dionísio Cerqueira, o município de Princesa, que já aderiu o seu próprio sistema também, Iporã do Oeste também já esteve aqui, Maravilha também, Pinhalzinho. Também estaremos recebendo uma comitiva de Seara, entre outros vários municípios. Recebemos muitas ligações para solicitarem informações também. Então, lógico que aquilo que está dando certo no município desperta interesse nos demais. Repito, que o meu maior sentimento é de dever cumprido, enquanto administrador, enquanto prefeito, nós estamos de passagem no comando do município e nós poderíamos tranquilamente deixar como estava, mas nós fizemos essa avaliação e o sentimento hoje é de dever cumprido da nossa responsabilidade enquanto gestor municipal, de ter municipalizado o sistema, porque é um patrimônio nosso, melhorou o atendimento, tem celeridade no atendimento, as pessoas sabem a quem recorrer quando tem um problema. Nós temos plantão 24 horas e, além disso, além da qualidade da água, o retorno financeiro que impacta nos investimentos municipais.
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