O que você procura?

Home FRANGO VOADOR

FRANGO VOADOR

Última atualização: 2018/03/09 8:51:28

Uma ex-funcionária da BRF (ex Sadia) na unidade de Chapecó que trabalhava com rações para engorda de frangos, suínos e perus, confirmou em depoimento à Polícia Federal que relatou internamente fraudes nas formulações das rações.

 “As fórmulas nem sempre atendiam ao regulatório do Ministério da Agricultura”, disse a ex funcionária, uma das 11 pessoas presas na Operação Trapaça – terceira fase da Carne Fraca. A fraude era de conhecimento dos superiores da fábrica.

Uma sequência de e-mails intitulada “Alterações Premix” relata situações que estavam ocorrendo rotineiramente na fábrica de Chapecó, sobre necessidade de burlar a rastreabilidade do material para apresentação em auditorias.

As fraudes integram uma das quatro frentes de ilícitos que a Carne Fraca apura e levaram na segunda-feira para a cadeia 11 pessoas ligadas à BRF, entre elas o ex-presidente do grupo. 

FRAUDE DE SALMONELLA

Os laboratórios pegos pela Polícia Federal na Operação Trapaça são os mesmos flagrados em fraudes em março de 2017, na primeira fase da Carne Fraca. Esses laboratórios também prestaram serviços para outras empresas.

Diante da crise no setor, o governo quer implementar um novo sistema de fiscalização de laudos laboratoriais de carnes para tentar prevenir fraudes como as que foram reveladas.

No caso da carne de frango, a meta do governo é baixar os índices de contaminação por salmonela de 20% para 7%, mas essa meta será impossível de atingir se as empresas continuarem mentindo para o SIF (Serviço de Inspeção Federal). Os resultados só devem surgir no longo prazo, pois é preciso dez anos para atingir as metas previstas.

Enquanto isso, vamos comendo salmonela misturada na carne. O fundador da Sadia, Atilio Fontana, de saudosa memória, deve estar se revolvendo no túmulo. 

JÁ COMEÇOU…

No ato de sua filiação ao PSL, o presidenciável Jair Bolsonaro apresentou parte de seus planos de governo, como uma espécie de fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Anunciou também três de seus ministeriáveis – entre os quais o astronauta Marcos Pontes – e reconheceu não entender nada de economia, crítica que vem sofrendo de setores empresariais. O parlamentar afirmou também que, ano que vem, o Congresso terá não uma bancada da bala, mas uma “bancada da metralhadora”, se referindo ao número de policiais que, acredita, se elegerão deputados nas eleições deste ano.

Belo gesto! Estamos começando bem a nova era Collor de Mello.

O QUE MAIS VIRÁ?

Considerada como uma espécie de evolução no hábito de colar cartazes nos postes para procurar cachorros perdidos, os tutores de animais de estimação têm, desde o começo desse ano, uma rede social voltada para resolver esse problema. O “Puppyfi” é uma startup que já tem cerca de 45 mil usuários em todo o Brasil, e  também na Argentina, Uruguai, México, Portugal, Espanha e Itália.

No mundo empresarial, o termo startup representa empresas, geralmente de tecnologia, que estão iniciando sua operação no mercado. Estas companhias ainda não têm seu desenvolvimento completo e, por isso, passam pela fase de pesquisas, até se afirmarem. Por enquanto, o Puppyfi é mais um aplicativo a congestionar os smartphones, tão populares nesses novos tempos. 

FARRA PARA OS TROUXAS

Conta o folclore italiano, que um pai carcamano comia bastante salame e dava a “tripa” para filho comer. Quando o pai estava saciado, o filho pediu: Pai, coma mais salame! Os tópicos abaixo dão a exata dimensão disso!

1. As despesas com seguranças, assessores, diárias, passagens, carros oficiais e cartões corporativos de ex-presidentes da República já somam R$ 36 milhões, em valores atualizados pela inflação, desde 1999. Fernando Collor, atual senador pelo PTC, acumulou o valor que recebeu como ex-presidente durante 11 anos – R$ 8,3 milhões – com os benefícios e mordomias do Senado Federal, que incluem cerca de 80 assessores. Nesse período, ele usou R$ 3,1 milhões da cota para exercício do mandato. 

2. Levantamento em 20 órgãos públicos federais aponta a existência de quase 3 mil filhas solteiras com mais de 80 anos que recebem pensão da União. No grupo das solteironas da 3ª idade, há 109 com mais de 90 anos, sendo 16 centenárias, uma delas com incríveis 112 anos. Quase a metade das pensionistas filhas de servidores, tem mais de 60 anos. Considerando as beneficiárias do Exército, as filhas com mais de 80 anos podem chegar a 9 mil. O Tribunal de Contas da União apontou indícios de que 1,5 mil filhas solteiras são, na verdade, casadas ou separadas.

3. Os benefícios pagos pela Previdência Social têm teto de R$ 5,5 mil, mas há exceções. São exatamente 6.655 exceções, com valor médio de R$ 8,1 mil e custo mensal de R$ 53,9 milhões – ou R$ 700 milhões por ano. Doze desses benefícios superam até mesmo o teto constitucional (R$ 33,7 mil), equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

4. Ao apresentar o mais recente texto da reforma da Previdência, o governo Michel Temer anunciou que o foco seria reduzir privilégios e atingir o andar de cima. Fazem parte dessa cobertura os aposentados e pensionistas da Câmara dos Deputados, justamente a Casa que está para votar o novo projeto do governo. Cerca de 45% dos seus inativos têm renda bruta acima do teto constitucional. 

5. Mais da metade das filhas solteiras de servidores da Câmara e do Senado que haviam perdido a pensão por recomendação do Tribunal de Contas da União, recuperou o benefício pela via judicial. Dos 95 cancelamentos feitos por via administrativa, 56 foram anulados. Com as decisões da Justiça, o Congresso teve um acréscimo de despesa de cerca de R$ 600 mil por mês, ou R$ 8 milhões por ano. Há casos de pensionistas que recebem até R$ 40 mil bruto.


deixe seu comentário

leia também