12º batalhão dos Bombeiros registrou sete mortes durante a Operação Veraneio de 2017/2018, contra apenas uma no ano anterior. Conforme o tenente Michael Magrini, algumas precauções podem evitar esse tipo de morte
A região tem registrado nos últimos dias um elevado número de afogamentos. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Michael Magrini, durante a Operação Veraneio 2017/2018, o 12º batalhão do Bombeiros de São Miguel do Oeste registrou sete mortes por afogamento no perídio de 31 de janeiro de 2017 a 31 de janeiro de 2018. O número de vítimas foi sete vezes maior que na temporada de 2016/2017, quando foi registrado apenas uma morte. Entre as vítimas estão duas crianças, uma de 13 anos e a outra de dois anos apenas. “Infelizmente é um número que nós não gostaríamos de ter”, comenta.
Em entrevista à TV GC, Magrini relatou que as mortes foram registradas em piscina coberta com lona, dois adultos em piscina sendo uma mulher e um homem, em rios menores e em rios grandes. “Foram bastante diversificadas essas ocorrências de afogamento, mas também todas elas envolvendo uma certa imprudência, digamos assim, da parte dos banhistas, alguns deles, a grande maioria, pode se dizer que sim uns 80% desses acidentes poderiam ter sido evitados de alguma maneira”, comenta.
Foram pelo menos três ocorrências em piscinas. Segundo Magrini, a orientação é para que se mantenha as piscinas cercadas. “Falando em crianças, sempre ter um adulto junto com ela, ter alguma boia ou algo assim, que possa ser jogado para retirar a criança ou adulto, porque as vezes não se consegue fazer o resgate de alguém na piscina se não tiver uma habilidade ou equipamento para fazer isso”, explica o tenente, lembrando que ter alguém que tenha uma noção de primeiros socorros também ajuda, assim como saber o número de emergência para poder acionar de pronto a guarnição do corpo de bombeiros.
As correntezas de rios e consumo de bebidas alcoólicas também podem ser fatores determinante para um acidente dessa natureza, segundo Magrini. “É bem mais complicado a questão envolvendo isso, é questão as vezes de pessoas alcoolizadas, talvez elas têm aquela percepção de “Ah não, eu sei nadar”, mas não têm noção do que é cair numa correnteza, acaba que o psicológico da pessoa acaba influenciando muito, então não é só a questão de “eu sei nadar” numa piscina de 100, 200 metros, a partir do momento que caiu numa correnteza, tomou um gole de água, você tem que ter muita paciência para o teu psicológico não te abalar e acabar prejudicando, então não é o simples fato de sair nadando em um local, como um ambiente controlado que é uma piscina, na correnteza você tem que ter a calma para tentar flutuar e a primeira curva do rio que tiver, que é um local mais fácil de sair, tentar fazer um esforço para sair dessa correnteza”, explica.
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