Os produtores da região do Extremo Oeste que são acompanhados pelo Programa Propriedade Sustentável participaram nesta terça-feira, 29, de uma reunião que discutiu os resultados no Estado
São Miguel do Oeste e Região
O encontro foi realizado na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Atualmente são 80 agricultores assistidos em Santa Catarina. Desses, 20 são do núcleo de São Miguel do Oeste e região.
Executado numa parceria entre Secretaria da Agricultura e da Pesca, Epagri, entidades representativas dos agricultores e setor privado, o Programa funciona como um laboratório a campo e permite a realização de pesquisas especialmente na área de gestão. O Propriedade Sustentável iniciou em Santa Catarina e hoje conta com Estados do Rio Grande Sul e do Paraná, totalizando 240 agricultores.
A Epagri analisou os dados de 24 propriedades catarinenses acompanhadas pelo Programa desde o início. A renda da operação agrícola por pessoa adulta média pulou de R$19,4 mil em 2007/08, para R$24,6 mil em 2015/16, o que representa um aumento médio de 27%, em valores nominais. “É uma média do Estado. Temos produtores que aumentaram, outros que diminuíram, mas é necessário examinar os números de cada agronegócio familiar para ver o outro lado da questão. E é isso que o Programa propõe e auxilia o produtor a fazer. A gestão do seu negócio”, disse o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri, Jurandir Teodoro Gugel.
Em Romelândia, o Programa ajudou o Sérgio Miguel Müller, 53 anos. Ele e a esposa Neivanir, 49 anos, estão há cinco anos organizando a gestão da propriedade de 14 hectares. “Antes a gente não planejava e trabalhava muito. Agora sabemos no que trabalhar, no que focar”, comemora lembrando as 70 mil mudas de fumo vendidas neste ano. “Temos uma terra apropriada para o tabaco e estamos aproveitando isso”, enfatiza.
Edvandro Salrin, 43 anos, de Paraíso, está desde o início do Programa. “São 10 anos aprendendo a organizar a minha propriedade, descobrindo qual o maior lucro e para onde vai a despesa”, comenta. Ele tem uma propriedade 112 hectares, mas planta apenas 50. Chegou a plantar 110 mil pés de fumo que hoje viraram 60. “A mão de obra é difícil, então você sabe que com a soja e o milho é tudo mais automatizado, mais fácil. O Programa ajuda você a se planejar nisso para que sua renda melhore e você consiga fazer o serviço de três dias em dois, por exemplo”, constata.
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