Na manhã desta terça-feira foi cumprido um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva de um casal de São Miguel do Oeste. Ação fez parte da Operação Hammer-on, que deu cumprimento a 153 ordens judiciais para desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em Foz do Iguaçu, no Paraná
São Miguel do Oeste
A Polícia Federal (PF) e a
Receita Federal, em ação conjunta, deflagraram na manhã desta terça-feira, dia
15, a Operação Hammer-on, que cumpre 153 ordens judiciais para desarticular uma
organização criminosa transnacional especializada em lavagem de dinheiro e
evasão de divisas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Segundo a Polícia, as empresas
controladas pela quadrilha movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões entre 2012 e
2016. A ação ocorre em cidades do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo Paraná
e Santa Catarina.
Os mandados estão sendo cumpridos
em Foz do Iguaçu, Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José dos
Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença, no Paraná.As cidades Catarinenses de
Itapema, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste também são alvo da ação. Além
disso, outros mandados estão sendo cumpridos em Vitória, Serra e Vila Velha, no
Espirito Santo, Guarulhos e Franca, em São Paulo e Uberlândia, em Minas Gerais.
Em São Miguel do Oeste, foi
cumprido um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva (levado
para prestar depoimento) de um casal, segundo informado pelo delegado Marcio
Anater, da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira. Conforme o delegado, a operação
é comandada pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu, portanto a unidade de
Dionísio Cerqueira apenas deu cumprimento ao mandado, não tendo mais
informações.
Segundo informado
pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu, a investigação, que começou em 2015,
teve como foco uma quadrilha criminosa organizada em cinco núcleos
interdependentes que utilizava contas bancárias de várias empresas, em geral
fantasmas, para receber recursos de pessoas físicas e jurídicas interessadas em
adquirir mercadorias, drogas e cigarros vindos Exterior, principalmente com
origem do Paraguai.
Cerca de 300 policiais federais e
45 servidores da Receita Federal cumprem 153 ordens judiciais expedidas pela
13ª Vara Federal de Curitiba. São 82 mandados de busca e apreensão, 43 mandados
de condução coercitiva, 17 mandados de prisão temporária e dois mandados de
prisão preventiva.
Para praticar
o crime, a quadrilha usava o dinheiro que era creditado nas contas das empresas
controladas pelo bando para depósitos no Exterior. A organização criminosa
atuava de duas maneiras: utilizando o sistema internacional de compensação
paralelo, sem registro nos órgãos oficiais ou por intermédio de ordens de
pagamento internacional emitida por instituições financeiras brasileiras.
As ordens de
pagamento eram feitas com contratos de câmbio fraudados, em acordo com empresas
“fantasmas” sem habilitação para operar no comércio exterior.
Brasileiros que contrataram a organização criminosa para pagar fornecedores
paraguaios ou praticar lavagem de dinheiro também foram alvos de investigação.
Segundo a
Polícia Federal, os investigados responderão pelos crimes de organização
criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação
irregular de instituição financeira e uso de documento falso.
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