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Casal de São Miguel do Oeste é alvo de operação da Polícia Federal

Na manhã desta terça-feira foi cumprido um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva de um casal de São Miguel do Oeste. Ação fez parte da Operação Hammer-on, que deu cumprimento a 153 ordens judiciais para desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em Foz do Iguaçu, no Paraná

Última atualização: 2017/08/15 10:35:24

São Miguel do Oeste

Polícia Federal de Dionísio Cerqueira participou da operação, cumprindo mandado de condução coercitiva de um casal de São Miguel do Oeste Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, em ação conjunta, deflagraram na manhã desta terça-feira, dia 15, a Operação Hammer-on, que cumpre 153 ordens judiciais para desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Segundo a Polícia, as empresas controladas pela quadrilha movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões entre 2012 e 2016. A ação ocorre em cidades do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo Paraná e Santa Catarina.

Os mandados estão sendo cumpridos em Foz do Iguaçu, Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José dos Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença, no Paraná.As cidades Catarinenses de Itapema, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste também são alvo da ação. Além disso, outros mandados estão sendo cumpridos em Vitória, Serra e Vila Velha, no Espirito Santo, Guarulhos e Franca, em São Paulo e Uberlândia, em Minas Gerais.

Em São Miguel do Oeste, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva (levado para prestar depoimento) de um casal, segundo informado pelo delegado Marcio Anater, da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira. Conforme o delegado, a operação é comandada pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu, portanto a unidade de Dionísio Cerqueira apenas deu cumprimento ao mandado, não tendo mais informações.

Segundo informado pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu, a investigação, que começou em 2015, teve como foco uma quadrilha criminosa organizada em cinco núcleos interdependentes que utilizava contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber recursos de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros vindos Exterior, principalmente com origem do Paraguai.

Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita Federal cumprem 153 ordens judiciais expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. São 82 mandados de busca e apreensão, 43 mandados de condução coercitiva, 17 mandados de prisão temporária e dois mandados de prisão preventiva.

Para praticar o crime, a quadrilha usava o dinheiro que era creditado nas contas das empresas controladas pelo bando para depósitos no Exterior. A organização criminosa atuava de duas maneiras: utilizando o sistema internacional de compensação paralelo, sem registro nos órgãos oficiais ou por intermédio de ordens de pagamento internacional emitida por instituições financeiras brasileiras.

As ordens de pagamento eram feitas com contratos de câmbio fraudados, em acordo com empresas “fantasmas” sem habilitação para operar no comércio exterior. Brasileiros que contrataram a organização criminosa para pagar fornecedores paraguaios ou praticar lavagem de dinheiro também foram alvos de investigação.

Segundo a Polícia Federal, os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.

Polícia Federal de Dionísio Cerqueira participou da operação, cumprindo mandado de condução coercitiva de um casal de São Miguel do Oeste Foto: Reprodução

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