Falta de dinheiro é o principal entrave na execução das obras
São Miguel do
Oeste
Evento realizado no final da tarde desta
sexta-feira (2), no auditório da Associação Empresarial de São Miguel do Oeste,
reuniu diretores de entidades e prefeitos da região da Ameosc, para uma
conversa sobre a situação das rodovias federais da região, com a presença dos
deputados estadual Maurício Eskudlark e federal Jorginho Mello, e o
superintendente do Departamento de Infraestrutura Terrestre (Dnit) em Santa
Catarina, Vicelar Preto.
Na oportunidade, entidades e autoridades
cobraram uma ação mais efetiva em relação a recuperação das BRs 282 e 163, que
estão em situação caótica. A principal solicitação se dá em relação aos
investimentos para a recuperação definitiva das duas rodovias.
Segundo o presidente da Acismo, Cesar
Signor, a obrigação da Acismo, que representa mais de 470 empresas, é de cobrar
a efetividade dos governos. “Foi uma oportunidade de sabermos realmente como
está a situação dessas duas rodovias. Há muito prejuízo material, mas também
com muitos riscos para quem transita por elas. Quem circula por ela está sempre
a mercê de algo pior”, ressaltou Signor.
O vice-presidente da Fiesc Extremo-oeste,
Astor Kist, foi duro nas críticas ao Governo Federal e ao Dnit. “É necessário
que governo e Dnit tomem um pouco de vergonha e assumam a revitalização dessas
rodovias. A nossa principal via de acesso e que nos liga à capital do Estado, a
BR 282, de Chapecó até São Miguel do Oeste, está praticamente intransitável
novamente. Por essa rodovia escoa toda a riqueza produzida na nossa região”,
disse Kist.
O deputado estadual Mauriício Eskudlark
também foi enfático quanto aos prejuízos causados e ressaltou a importância da
cobrança de entidades, prefeitos e demais representantes políticos. “Há um
prejuízo muito grande para a economia e risco aos usuários, além dos problemas
graves da Willy Barth, que precisa de passeios e uma ciclovia. Toda hora estamos,
junto com representantes da Acismo e demais entidades da região, outros colegas
deputados, cobrando do Dnit uma solução. Assim, com a vinda do Vicelar e do
deputado federal, Jorginho Melo, à região, conseguimos agendar essa reunião
para sanarmos todas as dúvidas recorrentes”, colocou Eskudlark.
Já o deputado Federal Jorginho Mello foi
direto na resposta. “Falta dinheiro! Tendo Dinheiro Está tudo resolvido. Ano
passado conseguimos fazer um aporte de recursos e agora mais um pouco, para que
a obra comece a andar. Há muita enrolação há muito tempo. Tem agora, de Chapecó
até São Miguel a licitação está pronta e está na justiça, cuja resolução deve
se dar em 15 ou 20 dias”, afirmou o deputado.
Segundo Preto, a BR-282, no trecho de
Ponte Serrada a Chapecó já teve a ordem de serviço entregue, com um projeto de
mais de R$ 70 milhões. No trecho de São Miguel do Oeste a Chapecó e a BR 158 o
entrave está na justiça. “O processo foi judicializado e estamos aguardando a
posição da Justiça para saber qual a empresa vencedora. É um contrato de cerca
de R$ 160 milhões, que possibilitará toda melhoria na restauração, terceiras
faixas, trevos de acesso aos municípios. Na BR-163, tem agora uma implementação
de recursos, aguardado há dois anos, e por isso as obras estão em ritmo tão
lento e somente no trecho de São José do Cedro. Agora estamos empenhados para
que a empresa faça esses serviços, pois agora temos esses recursos”, disse ele.
O prefeito de Guarujá do Sul e presidente
da Ameosc, Cláudio Weshenfelder, cobrou uma posição quanto a federalização da
SC-163, que apresenta pontos críticos entre Descanso e Itapiranga. Vicelar
aponta que o entrave está na realização do inventário da faixa de domínio e da
faixa não edificável, de responsabilidade do Governo do Estado. “Dependemos da
finalização desse inventário e do repasse oficial da rodovia ao Dnit, para
então fazermos a licitação para recuperação do trecho”, disse ele.
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