O texto trata da importância de olhar para os problemas com flexibilidade, reconhecendo que não podemos mudar o passado ou alguns acontecimentos do presente, mas podemos mudar a forma como olhamos e reagimos a eles. O autor destaca duas alternativas: vitimizar-se e olhar para os acontecimentos como catástrofes, ou olhar para eles com abertura, curiosidade e compaixão pelas pessoas envolvidas. A segunda abordagem ajuda a reconhecer o lado positivo de cada evento negativo e a ser mais resiliente diante dos desafios.
Passamos por momentos muito turbulentos, nos últimos meses, alguns ânimos estavam acirrados e muito tensos. Isso pode ser reflexo de variáveis emoções e sentimentos. Indiferente a tudo, é preciso que cada de um de nós olhe para os problemas com flexibilidade.
Não podemos mudar aquilo que nos aconteceu no passado nem podemos mudar alguns acontecimentos do presente, mas podemos mudar a forma como olhamos e reagimos a todos estes eventos. Quando olhamos para trás e identificamos os acontecimentos mais difíceis da nossa vida, temos, pelo menos, duas alternativas. Uma é vitimizarmo-nos, olhar para nós mesmos como coitadinhos, olhar para os acontecimentos como catástrofes em relação às quais nada podemos fazer, olhar para os traumas como não traspassáveis e para as pessoas que causaram esses traumas como monstros. A outra é olhar para os acontecimentos com abertura, curiosidade e olhar para as pessoas à nossa volta com compaixão, reconhecer as suas próprias vulnerabilidades e o sentido de humanidade comum que está associado à certeza de que cada pessoa faz, num dado momento, o melhor que sabe. De uma maneira geral, esta abordagem ajuda-nos a reconhecer também o lado mais positivo de cada evento negativo. Por exemplo, as pessoas que cresceram com um progenitor alcoólico serão mais resilientes na medida em que sejam capazes de perceber que a forma como esse progenitor cresceu e a forma como recebeu (ou não recebeu) o amor dos seus cuidadores condicionou a estruturação da sua personalidade. Esta compaixão abre espaço para conseguirem reparar nos gestos daquele progenitor que mostram afeto, apesar de todas as feridas emocionais.
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