Organização busca suporte jurídico e contábil para viabilizar ações voltadas a famílias adotivas e conscientização sobre adoção
TVGC
Última atualização: 2025/02/03 3:30:54O grupo de apoio à adoção Unidos pelo Coração, fundado em março de 2017, está em processo de formalização como Organização Não Governamental (ONG). A iniciativa tem como objetivo fortalecer projetos voltados a famílias pretendentes e adotivas, bem como promover a conscientização sobre adoção e apadrinhamento de crianças.
A presidente do grupo, Rosane Finatto, que também é mãe por adoção, destaca a importância da ONG para expandir o trabalho já realizado. “Precisamos de um espaço para receber melhor as famílias, oferecer suporte no pós-adoção e desenvolver ações de conscientização, como a entrega legal e o apadrinhamento”, afirma.
Segundo a presidente, a formalização como ONG permitirá ao grupo acessar recursos públicos e privados, viabilizando campanhas educativas e estruturando um atendimento mais completo às famílias envolvidas no processo de adoção. “Hoje, se quisermos divulgar algo, precisamos contar com recursos próprios, o que limita nosso alcance”, explica.
Para a oficialização da ONG, o grupo já conta com o apoio de profissionais voluntários. “Já temos um advogado e um contador que se ofereceram para ajudar gratuitamente, o que é essencial, pois ainda não temos recursos financeiros”, destaca Rosane.
O psicólogo Lucas Dal Magro, que integra a equipe de apoio, ressalta que a transformação do grupo em ONG será fundamental para ampliar o alcance e desmistificar conceitos sobre adoção. “Muitas famílias ainda têm dúvidas e receios sobre o processo. Precisamos trabalhar a conscientização e o apoio emocional, tanto para os adotantes quanto para as crianças”, pontua.
A espera para adoção pode ser longa, variando de meses a anos, dependendo do perfil da criança que a família deseja adotar. “Nosso perfil era mais aberto, podíamos adotar menino ou menina até nove anos. Isso facilitou, mas mesmo assim esperamos três anos”, relata Rosane.
O acompanhamento psicológico durante esse período é essencial. “A adoção não acontece da noite para o dia. É uma decisão importante que precisa ser amadurecida”, explica Lucas. “Muitas crianças que estão na fila de adoção já passaram por processos de rejeição, e os pais adotivos precisam estar preparados para acolher essas demandas emocionais.”
Segundo Rosane, a ONG também ajudará a dar mais visibilidade ao apadrinhamento afetivo, uma modalidade em que pessoas que não pretendem adotar podem contribuir de outras formas, oferecendo suporte emocional e convivência para crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional.
Atualmente, o grupo realiza encontros mensais no Fórum e em locais externos, como praças e a Clínica Integrada, que cede espaço para as reuniões. O próximo encontro está marcado para 22 de fevereiro.
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