A nutricionista materno infantil de São Miguel do Oeste, Sofie Bohrz, alerta que, além das condições ambientais, fatores relacionados à nutrição e ao estilo de vida desempenham papel central na resposta imunológica
Argeu Padilha// TV GC
Última atualização: 2025/06/07 11:35:00Foto: TV GC
Com a chegada do inverno, aumentam os casos de infecções respiratórias em crianças, o que tem impacto direto na rotina das famílias, no desempenho escolar e no sistema de saúde. O clima frio favorece a circulação de vírus e o maior tempo em ambientes fechados amplia a exposição. A nutricionista materno infantil de São Miguel do Oeste, Sofie Bohrz, alerta que, além das condições ambientais, fatores relacionados à nutrição e ao estilo de vida desempenham papel central na resposta imunológica.
A imunidade infantil é determinada por uma combinação de fatores, incluindo genética, microbiota intestinal, consumo de nutrientes essenciais e hábitos diários como sono, atividade física e gestão do estresse. Segundo Sofie Bohrz, a alimentação exerce influência direta no equilíbrio do sistema imune.
Padrões alimentares com alto consumo de ultraprocessados, açúcares e gorduras prejudicam a resposta imunológica e favorecem processos inflamatórios. Por outro lado, dietas com variedade e frequência adequadas de alimentos in natura, ricos em vitaminas, minerais, fibras e gorduras saudáveis, contribuem para a defesa natural do organismo.
A saúde intestinal também é apontada como um eixo central da imunidade. Estima-se que cerca de 70% das células de defesa estejam associadas ao intestino. O uso recorrente de antibióticos pode comprometer esse equilíbrio, iniciando um ciclo de maior suscetibilidade a infecções e maior necessidade de medicamentos, o que agrava o quadro imunológico.
A mudança de cenário passa por ajustes nos hábitos diários. Estratégias como manter uma alimentação equilibrada, priorizar o sono adequado – entre 10 e 12 horas por noite –, promover atividades físicas moderadas e reduzir o tempo de tela são fundamentais. A exposição ao ar livre, o contato com microrganismos naturais e a criação de uma rotina estável também contribuem para o fortalecimento imunológico.
A suplementação de nutrientes pode ser necessária em casos de deficiência. A vitamina D, por exemplo, tem sua produção reduzida no inverno devido à menor exposição solar, o que pode impactar negativamente a função das células imunes.
A formação do sistema imunológico começa ainda durante a gestação. O tipo de parto, a amamentação, a introdução alimentar e a manutenção da saúde intestinal nos primeiros anos de vida têm efeito direto na regulação da resposta imunológica. Crianças com alergias não acompanhadas adequadamente, por exemplo, tendem a apresentar um sistema imune constantemente ativado, o que pode aumentar a intensidade das respostas a infecções.
Crianças com hábitos de vida mais saudáveis e sistema imune mais equilibrado conseguem responder melhor aos vírus, com sintomas menos intensos e recuperação mais rápida. A prevenção, nesse contexto, não se resume a intervenções pontuais, mas depende da constância das escolhas diárias finalizou a nutricionista Sofie Bohrz,
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