Maria Terezinha Debatin defende a preservação da cultura dos pioneiros e reforça papel dos museus como espaços de identidade e pertencimento
TVGC
Última atualização: 2025/07/03 8:44:36Durante a cerimônia de reabertura do Museu Histórico Municipal Ruy Arcádio Luchesi, na manhã desta quarta-feira (2), em São Miguel do Oeste, a presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Maria Terezinha Debatin, concedeu entrevista à TVGC destacando o valor simbólico e histórico da instituição. Para ela, preservar a memória dos primeiros colonizadores é essencial para a construção da identidade do povo catarinense.
“Inaugurar ou reinaugurar um espaço cultural é mostrar o respeito que a gente tem por todos aqueles que construíram a história de São Miguel do Oeste”, afirmou Debatin. Segundo a presidente da FCC, o museu representa não apenas um registro local, mas também a trajetória de imigrantes que desbravaram o território para garantir sobrevivência e futuro. “Um povo sem cultura é um povo sem memória, é um povo sem saberes, sem registro, é um povo solto, é vento”, declarou.
Debatin também ressaltou que o acervo do museu reúne memórias do modo de vida de gerações que ajudaram a formar a região. “É aqui que essa história de vida está preservada. O museu une e reúne todo o jeito de ser de uma geração inteira”, pontuou.
Além de participar da reinauguração do museu, Maria também irá prestigiar a etapa regional do festival Santa Catarina Canta, evento que será realizado as 19h no Gran Nobile Eventos. A iniciativa é promovida pelo Governo do Estado, por meio de uma parceira entre a Fundação Catarinense de Cultura e a Camerata Florianópolis.
“O Santa Catarina Canta, eu digo que ele canta e encanta. Já passamos por São Lourenço do Oeste e Chapecó, e agora temos a alegria de estar em São Miguel do Oeste. É um projeto que revela talentos e semeia oportunidades”, destacou.
O museu conta com peças e artigos que representam diferentes períodos da história local, incluindo video games, aparelhos de fita cassete, câmeras fotográficas, instrumentos, tecnologias, ferramentas agrícolas, utensílios domésticos, instrumentos médicos antigos e maquetes de edificações marcantes, como o primeiro hospital do município.
A exposição foi organizada de forma a destacar a trajetória dos colonizadores e o processo de formação da cidade, proporcionando aos visitantes compreensão nos modos de vida das gerações anteriores.
Durante a transmissão, o jornalista Argeu Padilha ressaltou o valor histórico dos objetos preservados e a importância do acervo como instrumento educativo e cultural. “É sensacional você estar no museu, é você voltar ao passado, é você puxar pela memória aquelas coisas maravilhosas que os nossos pais, que os nossos antepassados viveram e deixaram de presente” pontua Padilha.
A visita de Maria Terezinha Debatin a São Miguel do Oeste reforçou a importância dos investimentos em cultura e memória no estado. A reabertura do museu integra um esforço de revitalização que inclui acessibilidade e reorganização do acervo, atualmente com cerca de 700 peças históricas.
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