Prefeitura de São Miguel do Oeste
Última atualização: 2025/07/12 8:30:47A partir de agosto, São Miguel do Oeste implementará um nova metodologia de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A estratégia foi apresentada pelo coordenador do setor de combate as endemias do município, Renério Luis Dill, e busca tornar mais eficiente a identificação de áreas de risco, com base em dados técnicos e mapeamento por armadilhas.
O novo método, recomendado pelo Ministério da Saúde, será baseado na instalação de “ouvitrampas”, armadilhas específicas que captam os ovos do mosquito. Com isso, será possível identificar com mais precisão as regiões da cidade com maior densidade de focos, permitindo uma atuação mais direcionada das equipes de controle.
“Hoje temos 63 armadilhas instaladas, e esse número vai subir para aproximadamente 170 a 180. Precisamos da colaboração da população para permitir a instalação desses equipamentos nos imóveis. Essa ação é fundamental para o sucesso do novo modelo”, explicou Renério.
A metodologia consiste na instalação das armadilhas em pontos previamente definidos dentro de um grid de 300 metros. A armadilha permanece por cinco dias no local e depois é recolhida para análise em laboratório. Após 30 dias, o processo se repete no mesmo ponto. Para isso, é necessário que o imóvel permita o acesso da equipe mesmo sem a presença do morador.
“Essas armadilhas precisam ser instaladas e retiradas com pontualidade, no quinto dia, para evitar que os ovos evoluam para larvas e, posteriormente, para mosquitos adultos. Por isso, é importante que tenhamos acesso facilitado aos locais”, destaca Renério.
Com os dados coletados, será possível traçar um mapa de densidade do mosquito em diferentes bairros. As equipes de endemias, então, priorizarão as regiões com maior número de focos para ações mais intensivas, como visitas, orientações aos moradores e eliminação dos criadouros.
Mesmo durante o inverno, quando a atividade do mosquito é reduzida, o monitoramento continua. As larvas sobrevivem em água parada, ainda que em desenvolvimento mais lento, e podem acelerar sua reprodução com a chegada do calor.
“O frio reduz a atividade do mosquito, mas não elimina completamente o risco. Por isso, é fundamental manter os cuidados durante o ano todo. A população deve seguir vigilante, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água”, reforça o coordenador.
A Secretaria de Saúde de São Miguel do Oeste reforça que o sucesso dessa nova metodologia depende do engajamento da população. Os agentes de combate as endemias estarão entrando em contato com moradores e comerciantes para firmar termos de adesão e instalar as armadilhas nos pontos estratégicos da cidade.
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