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Projeto de estudante brasileira sobre câncer de mama vence prêmio na Suíça

Patrícia Honorato desenvolveu um modelo preditivo voltado ao prognóstico do câncer de mama

G1

Última atualização: 2025/07/13 1:19:11

Uma estudante brasileira foi premiada na edição de 2025 da PASC Conference, realizada na Suíça, ao desenvolver um modelo preditivo voltado ao prognóstico do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres no Brasil. Patrícia Honorato, natural de Goiás e aluna de Engenharia da Computação no Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança), conquistou o Best Poster Award, na categoria de graduação, com um trabalho que utiliza inteligência artificial para prever a recidiva da doença por até uma década.

A pesquisa, intitulada Development of a Predictive Model for the Prognosis of Patients with Breast Cancer, utiliza dados de hemogramas para estimar o reaparecimento do câncer em pacientes, contribuindo para uma abordagem mais personalizada e preventiva no acompanhamento clínico. O pôster vencedor foi avaliado por especialistas internacionais durante a conferência, considerada uma das mais relevantes no campo da computação científica e de alto desempenho. O evento é promovido pela ACM (Association for Computing Machinery), uma das principais sociedades científicas de tecnologia do mundo.

Patrícia estuda em um bacharelado focado em projetos práticos, estruturado em módulos de 10 semanas com diferentes parceiros. A ideia do modelo preditivo começou a tomar forma ainda no primeiro ano da graduação, após um contato com a Faculdade de Medicina da USP. Na ocasião, sua turma desenvolveu um jogo voltado à prevenção do câncer. O envolvimento com o tema levou a estudante a buscar orientação com o professor Roger Chammas, da mesma instituição, que mais tarde passou a coorientar a pesquisa.

O câncer de mama é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres brasileiras, com estimativas que apontam até 18 mil óbitos no país apenas em 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Iniciativas como a de Patrícia reforçam o papel da tecnologia e da inovação no enfrentamento de desafios persistentes da saúde pública.

O reconhecimento na Suíça abriu novos caminhos: Patrícia foi convidada a apresentar seu trabalho em uma competição internacional promovida também pela ACM, nos Estados Unidos. A jovem, que pretende ingressar no mestrado a partir de 2026, declarou que seu interesse é seguir na área de inteligência artificial aplicada à saúde. “Gosto muito dessa interseção entre tecnologia e impacto social. Quero continuar contribuindo com soluções que façam diferença na vida das pessoas”, afirmou.

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