Home 92% das cidades de SC não divulgam corretamente informações sobre pandemia, aponta levantamento

92% das cidades de SC não divulgam corretamente informações sobre pandemia, aponta levantamento

Avaliação foi feita pelo Observatório Social de Santa Catarina, parceiro da Rede de Controle da Gestão Pública, em portais de transparência com foco nas despesas no combate à Covid-19.

Última atualização: 2020/10/22 3:03:58


Foto: Ilustrativa

Um levantamento realizado pela Rede de Controle da Gestão Pública apontou que 92% dos municípios não divulgam corretamente informações sobre a pandemia. Voluntários e colaboradores do Observatório Social de Santa Catarina, um dos parceiros da Rede, atuaram na ação chamada de “Força Tarefa Cidadã”, que avaliou portais de transparência relacionados às despesas no combate à Covid-19.

Conforme o levantamento, 8% dos municípios foram considerados cumprindo totalmente os critérios de transparência. Entre aqueles que não estavam cumprindo nenhuma das medidas, o número foi de 44% — na primeira pesquisa, realizada no início da pandemia, o número era de 59%.

A classificação foi dividida em três níveis: municípios que não cumprem, cumprem parcialmente e cumprem totalmente.

De acordo com o coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública de Santa Catarina, Waldemir Paschoiotto, nos municípios classificados como “não cumprem”, significa que não têm um site específico para despesas da Covid-19 ou que ele não tem um filtro específico de despesa no site de transparência utilizado.

“A legislação que excepcionou as contratações relativas à pandemia exige que tenha um espaço específico para que as pessoas acompanhem os recursos aplicados com relação ao combate ao Covid-19”, disse.

Segundo Paschoiotto, o ponto principal solicitado aos municípios é disponibilização dos documentos relativos às contratações.

“Este é um ponto muito importante, que vários municípios estão deixando de cumprir a regra determinada na legislação e, assim, atrapalhando o controle social, evitando que as pessoas consigam averiguar a correta aplicação dos recursos”, explicou.

Para ele, disponibilizar apenas o número do contrato e o número do CNPJ de quem contratou não é suficiente para a transparência dos procedimentos.

“É preciso ter o edital, o termo de referência, documento de adjudicação, notas fiscais, quem foi o fiscal que avaliou aquela compra ou aquela obra, essas são informações que são do dia a dia da administração e não há justificativa para elas não serem públicas lá no site da transparência”, disse.

A Rede de Controle da Gestão Pública é um grupo de organizações formada por diferentes órgãos de controle, como Tribunal de Contas, Ministérios Públicos, Controladorias, as polícias e organizações da sociedade civil, como o Observatório Social de Santa Catarina.

Foto: Ilustrativa

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