São elas Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA
As cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna
venceram o Prêmio Nobel de Química de 2020 pelo desenvolvimento de um método de
edição de genoma, informou hoje (7) a Real Academia Sueca de Ciências, que
concede a premiação.
“Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna
descobriram uma das principais ferramentas da tecnologia genética: a tesoura
genética CRISPR/Cas9”, disse a Real Academia ao anunciar o prêmio de 10
milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,1 milhão.
“Essa tecnologia teve um impacto revolucionário na vida
das ciências, está contribuindo com novas terapias para o câncer e pode tornar
realidade o sonho de curar doenças hereditárias.”
Charpentier, que é francesa, e Doudna, norte-americana, se
tornaram a sexta e a sétima mulheres a vencerem um Nobel de Química, se
juntando a nomes como Marie Curie, que venceu em 1911, e mais recentemente
Frances Arnold, em 2019.
Mantendo a tradição, o prêmio de Química é o terceiro Nobel
anunciado todos os anos, após os de Medicina e de Física.
Os prêmios por conquistas nas áreas de ciências, literatura
e paz foram criados e financiados pelo empresário sueco e inventor da dinamite
Alfred Nobel e são entregues desde 1901, com o prêmio para a Economia vindo
depois.
Como em outras áreas, a pandemia do novo coronavírus
reformulou o Nobel deste ano, com eventos tradicionais, como um grande
banquete, cancelados ou transformados em online, enquanto as pesquisas sobre a
covid-19 – especialmente a busca por uma vacina – dominaram os holofotes
científicos.
* Reportagem adicional de Simon Johnson, Anna Ringstrom,
Supantha Mukherjee, Colm Fulton e Johannes Hellstrom
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