A 6º FESTA DAS SEMENTES CRIOULAS SURPREENDEU A TODOS
O município de Anchieta realizou a 6º Festa Nacional de Sementes Crioulas e a 12º Expo Anchieta nos dias 16 a 18 de março de 2018 com ampla programação. Os visitantes puderam desfrutar de vários momentos de aprendizados, cultura, alimentação típica, troca de experiências, shows e visitação a feira de sementes e produtos coloniais, bem como do comércio e da indústria de Anchieta.
A programação estava ótima, tanto em termos de eventos de capacitações com seminários, oficinas temáticas sobre diversos temas ligados a agroecologia e a produção saudável, bem como os expositores com produtos de alta qualidade e diferentes.
O público da região sul atendeu o chamado e compareceu em massa para participar dos eventos paralelos a feira, bem como para adquiriu sementes e produtos e trocar experiências com as pessoas que ali se encontravam.
Tive o privilegio de comparecer no sábado acompanhando a excursão de famílias e lideranças de Bandeirante que foram prestigiar a festa nacional de sementes e também na busca de conhecimento e produtos.
Queremos agradecer a oportunidade e parabenizar toda comissão organizadora em especial o prefeito Ivan José Canci pela ousadia de organizar uma festa grande e temática. Resgatando a cultura, as sementes e a busca pela qualidade vida. Sucesso total.
MACARRÃO COM FARINHA DE MILHO ATRAIU MUITA GENTE
Como havia comentado na semana passada que um dos atrativos da 6º Festa das Sementes Crioulas e a 12º Expo Anchieta seria o macarrão com farinha de milho e acertei em cheio.
O Nosso amigo José Nicolau Fernandes viajou mais de 700 quilômetros vindo do município de Siderópolis no sul do estado para mostrar essa tecnologia simples, eficaz, fácil de fazer e saudável. O mesmo já promoveu degustação dos produtos em diversas ocasiões.
Na 6º Festa das Sementes Crioulas e a 12º Expo Anchieta ele promoveu oficinas e demonstrações práticas com mulheres, grupos comunitários e com os visitantes da feira, principalmente os que passaram no estande da Epagri. Em torno de mil pessoas conheceram a tecnologia.
Na ocasião as pessoas conheceram de perto o produto desenvolvido e aprenderam como fazer receitas deliciosas e com alimento saudável com farinha de milho crioulo ou variedade (Milho da Epagri: Catarina, Fortuna e Colorado) e ovos caipira.
SANTA CATARINA PODE PRODUZIR LEITE TIPO EXPORTAÇÃO
Santa Catarina se prepara para exportar leite. Com uma produção que aumenta num ritmo de 6% ao ano, o Estado quer agora conquistar o mercado externo. Para que o leite catarinense seja capaz de suprir o mercado internacional, o setor tem grandes desafios, passando pela redução de custos e organização logística da cadeia produtiva.
O leite é a atividade agropecuária que mais cresce em Santa Catarina. Envolvendo mais de 45 mil produtores em todo o Estado, a produção girou em torno de 3,4 bilhões de litros em 2017. Um incremento de 8% em relação a ano anterior.
O estado catarinense possui uma peculiaridade, pois a produção de leite está concentrada, principalmente, nas pequenas propriedades de agricultores familiares e representa uma importante fonte de renda no meio rural. Aliás, é uma das poucas atividades que atende um grande número de famílias e representa um aspecto social e econômico importante, pois está presente em mais de 85% das propriedades gerando renda mensal e movimentando a economia local e regional.
O setor leiteiro vem passando por grandes transformações, com o investimento em pastagens perenes, tecnologias simples e eficazes, assistência técnica qualificada e genética apurada. Ainda temos muitos desafios pela frente e um deles é tornar nosso leite competitivo para exportação.
ALGUNS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS
Para que o leite produzido no Estado chegue ao mercado internacional há uma série de obstáculos a serem vencidos. Entre eles, melhorar a qualidade do leite, principalmente, o teor de sólidos. Também eliminar doenças do rebanho como a brucelose e tuberculose e aumentar a eficiência da produção com redução de custos.
Mas também temos muitas vantagens com relação a outras regiões do Brasil, pois temos muitas vantagens comparativas que podem ser transformadas em vantagens competitivas.
Temos mais sol, mais chuva, solos férteis e um clima favorável para ocorrer fotossíntese e produzir biomassa, que é o alimento básico das vacas durante os 12 meses do ano. Além disso, temos ainda a valorosa capacidade de trabalho das famílias rurais, que já têm muita tradição e habilidades na lida com os animais.
APOIO DO GOVERNO É IMPORTANTE
O Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e da Pesca, é um parceiro dos produtores rurais catarinenses, desenvolvendo programas que incentivam os investimentos e melhorias na produção.
Um exemplo é o programa Terra-Boa, onde os agricultores familiares podem adquirir calcário e sementes de milho de alto potencial produtivo para produzir silagem e alimentação para o gado leiteiro. E ainda têm acesso ao Kit Forrageira, que permite aceso a recursos para melhorar a infraestrutura produtiva, principalmente no melhoramento das pastagens perenes com piqueteamento e água potável, bem como a orientação técnica e o manejo correto, através dos técnicos da Epagri.
Atualmente os produtores podem acessar recursos do Pronaf Mais Alimento com apoio do governo do estado no programa menos juros que garantirá recursos a longo prazo para investir no melhoramento da atividade e qualidade e quantidade de água.
POTENCIAL DO LEITE NO SUL DO BRASIL
Os três estados do Sul formados pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem se tornar um grande pólo produtor de leite. As estimativas são de que até 2025 a região produza mais da metade de todo leite brasileiro.
É também no Sul onde as indústrias estão fazendo os maiores investimentos, ampliando a capacidade e estimulando ainda mais o aumento na produção. Aliados ao clima favorável e a capacidade dos agricultores familiares em se adaptar ao sistema agroindustrial integrado são decisivos para esse movimento. As indústrias têm feito um grande esforço para melhorar a qualidade do leite, investindo em pagamento por qualidade, rastreabilidade e premiando o produto melhor.
A Aliança Láctea é uma iniciativa dos três estados do Sul para desenvolver a cadeia produtiva do leite na região e preparar o setor para exportação. Com problemas e oportunidades comuns, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul se unem em um fórum permanente que congrega produtores, governo e indústrias em busca de um desenvolvimento harmônico.
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