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A PARTE QUE CABE AO SETESSETE PELO LIXO ESPALHADO NAS PROXIMIDADES

Última atualização: 2020/01/24 2:43:39

O Setessete Bar & Bilhar está há alguns anos na cidade promovendo a cultura local. Privilegia os artistas locais e da nossa região. Bandas como Enola, Rosa Tattooada, Confraria da Costa e Tiregrito marcaram presença no bar. Para além da experiência musical há espaço para exposição de obras de arte, a artista plástica e tatuadora Angélica Antunes esporadicamente também apresenta seus trabalhos por lá. O bar tem estado em evidência nas mídias, não pela programação ou pela qualidade de seus serviços prestados…

Nos últimos dias a imprensa local tem destacado o problema do lixo atirado ao chão no centro da cidade, repercutindo nas redes sociais. O ponto principal das discussões gira em torno do Setessete que em determinados dias da semana concentra certa quantidade de pessoas, dentro e fora do espaço, que ao retornarem para suas casas deixam latas, garrafas e demais lixos espalhados pelas redondezas, mesmo tendo lixeiras pelo caminho.

A limpeza imediata, quando acontece, fica por conta do trabalho voluntário das pessoas civilizadas que têm compromisso em manter a ordem e o bem-estar social. Pode parecer pequenas atitudes, mas são características assim que compõem uma sociedade de alto nível de desenvolvimento humano. Parabéns pela atitude! Nosso país precisa de pessoas como vocês.

O Lauro Pena, sócio do Setessete, foi convidado a realizar algumas entrevistas para discutir a polêmica, inclusive para o TV GC. Comentou que o bar tem feito sua parte,  durante os eventos sinaliza aos clientes a importância de manter a cidade limpa e colocou lixeiras ao redor do bar. Porém o problema continua sem ter perspectiva de solução. 

Os debates são intensos nas redes sociais: Setessete é responsável ou não pelo lixo deixado ao redor do estabelecimento? De forma geral, para os que atribuem culpa ao bar afirmam que ele é a causa da aglomeração das pessoas e que parte do lixo é oriundo das vendas do bar, outros dizem que a responsabilidade é exclusivamente dos que emporcalham a cidade, inocentando, assim, o estabelecimento.

Seria interessante se os que jogam lixo no chão fossem entrevistados. Explicariam para todos nós as motivações para emporcalhar a cidade, onde aprenderam essas atitudes, o que esperam com elas e se há ou não expectativa de melhoria. Vale lembrar que além do centro da cidade os terrenos próximos a Unoesc também são alvos do mesmo problema. Não adianta falar, colocar cartazes, placas ou câmeras de segurança.

No Brasil tudo o que é público é tido como se não fosse de ninguém, esse sentimento desperta em algumas pessoas o desejo de depreda-lo. Os que jogam lixo no chão da nossa cidade, certamente são os mesmos que sujam os banheiros públicos, quebram as lâmpadas das praças e furam a fila nos supermercados. Sabem que estão errados e não se importam nem um pouco com o meio social, pois a falta de respeito para com os demais e com o meio ambiente é potencializado pela certeza da impunidade.

SUGESTÃO PARA AMENIZAR O PROBLEMA: O Distrito Federal nos apresenta uma ótima prática, segundo o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: a Lei Distrital nº 5.650/2016 estabelece as normas para fiscalização e cobrança de multa para pessoas que jogarem qualquer tipo de lixo nas ruas ou demais espaços públicos do Distrito Federal. A pena vai de advertência verbal e escrita, até um salário mínimo em caso de reincidência. 

Atribuir ao Setessete a responsabilidade de quem joga lixo no chão é como colocar a culpa nas árvores e bancos da praça Belarmino pelos banheiros estarem sujos e fedendo ou ainda responsabilizar o mar pelas toneladas de lixo que amanhecem em todo dia primeiro de janeiro. A sociedade, ao apreciar sua liberdade de ir, vir e ficar parado em frente ao bar para consumir suas bebidas, acaba indo ao extremo e chega na libertinagem, ou seja, usufruem de sua liberdade sem responsabilidade. Cuidar do espaço público é um dever de todos e quem gosta de transitar por lá em dias de evento deveria cultivar ainda mais esse sentimento. 

Uma cidade tão pequena como São Miguel do Oeste, que deveria dar o exemplo aos seus vizinhos de organização, respeito ao meio ambiente e bons modos ainda sofre com esse tipo de problema: dificuldade em jogar o lixo no lixo.

Há uns dias vi no Facebook um meme sobre isso, uma foto de uma lixeira e nela  estava escrito “chão”. Para explicar a imagem o autor escreveu: “Se não é possível convencê-los, confunda-os”. Fica a dica.

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