Só em Santa Catarina, o transtorno de espectro autista atinge cerca de 2% da população
Sabrina Franzosi
Última atualização: 2023/04/13 4:01:22Cada um de nós possui uma visão diferente sobre o mundo. Logo nos primeiros anos de vida as manifestações já são únicas em cada indivíduo. Por vezes é nesse momento que as diferenças se tornam evidentes. Entre um comportamento e outro é possível perceber características específicas que identificam as diferenças. Uma delas é conhecida como Autismo.
O Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, em que os sinais e sintomas estão presentes desde a primeira infância. É caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. Dentro dessa definição há uma série de sinais e sintomas que se observa em quem tem Transtorno de Espectro Autista (TEA) – sintomas estes que será diagnosticado por profissionais.
Atualmente o TEA é dividido em três níveis de suporte: nível 1, nível 2 e nível 3. O suporte é o apoio que o autista vai precisar da família, equipe terapêutica e, quando criança, da escola. Cada um desses níveis apresenta seus desafios e mesmo o nível considerado mais leve, deve ser cuidado e tratado com atenção.
Ao receber o diagnóstico, é importante que a família comece a fazer acompanhamento psicológico. Segundo Luane Oliveira Martins Medeiros, Psicóloga na TOT Clínica São Miguel “os pais precisam de um espaço de acolhimento e de escuta especializada, pois junto com o diagnóstico de autismo vem um turbilhão de emoções que precisam ser significadas, além de uma sobrecarga difícil de lidar. O acompanhamento psicológico entra como suporte para os familiares, que se doam diariamente no cuidado com a criança autista.”
Como em qualquer situação, a rede de apoio é muito importante, não só da família, mas também dentro do ambiente escolar, principalmente quando a criança possui algum grau de dificuldade no aprendizado. “É muito importante que o ambiente escolar esteja pronto para acolher as crianças com autismo.” – afirma Luane.
Segundo a psicóloga “sem o conhecimento sobre o assunto é difícil existir inclusão de verdade, por isso o primeiro ponto, para sociedade em geral e para as escolas é conhecer sobre o TEA e se interessar em ajudar.” Já na escola, Luane enfatiza que se deve realizar atividades que incluam a criança de forma efetiva – “para isso deve haver parceria entre a família, os terapeutas e a unidade escolar, a fim de identificar em cada caso o que pode ser feito pela criança, desde atividades adaptadas, planos de ensino individualizados, ambientes com recursos sensoriais que auxiliem na regulação da criança e ações sobre as diferenças, bullying, conscientização com as famílias e capacitação com a equipe.”
Como os Autistas são considerados pessoas com deficiência, existem diversos direitos que a família pode buscar e reivindicar, como carteira de identificação – que vai auxiliar na identificação para atendimentos prioritários – inclusão escolar, professora auxiliar, isenção de alguns impostos, entre outros. – Completa a psicóloga.
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