Home Adoção, um ato de amor! – “Não nasceram de mim, mas nasceram pra mim!”

Adoção, um ato de amor! – “Não nasceram de mim, mas nasceram pra mim!”

Conheça a história da família da Soraya de Pieri, que adotou duas gêmeas há 13 anos

Última atualização: 2019/06/06 9:16:40


Foto: TV GC


Ao falar de filhos, sabe-se que em uma gestação biológica os pais aguardam e preparam a chegada do bebê por cerca de nove meses. Essa é a forma mais natural de se formar famílias conhecida pelos seres humanos, porém não é única. Família significa amor, segurança, proteção e carinho, significa que todos temos um lar, um alguém para onde voltar. Família não tem necessariamente relação com laços sanguíneos, mas tem naturalmente relação com amor incondicional. Na última semana iniciamos uma série sobre adoção, com o intuito de desmistificar preconceitos que ainda rodeiam o assunto. Hoje, vamos conhecer a história da família da Soraya de Pieri, que realizou duas adoções há 13 anos. 

A mãe, Soraya de Pieri, conta que na época possuía um problema de saúde e não poderia gerar filhos biológicos, então ela e o marido, Dionísio de Lima, optaram pela adoção. “Há 13 anos atrás eu tinha um problema de saúde e não conseguia engravidar, tentamos vários tratamentos e não deu certo, então decidimos partir para a adoção. E aí a luta começou, porque não é fácil, aguardamos cerca de dois anos e para a nossa surpresa veio gêmeas! ”, explica.

 Soraya conta como foi a chegada de Emmilly e Emmanuelly na família. “Foi muito especial, a Emmilly e Emmanuelly sempre foram muito esperadas. O sonho dos meus pais era serem avós, por exemplo. Foi uma surpresa não só para a família, mas para toda a cidade, pois na época residíamos em Primavera do Leste, no Mato Grosso e minha família é muito conhecida lá. Então as visitas e os presentes eram constantes, quase a cidade toda veio me visitar, meu marido brincava “meu Deus, não tenho tempo para ficar com as meninas”, porque a casa era sempre cheia de gente. Foi muito especial, elas se adaptaram muito bem, como se tivessem saído de mim. Elas não nasceram de mim, mas nasceram pra mim!”, destaca.

 Conforme a mãe, o amor foi instantâneo. “Na hora que avistamos elas já veio o carinho. A Emmilly veio no colo do Dionísio e eles se namoravam, eles se olhavam e ele falava “você estava procurando o papai? Então o papai chegou”, foi muito impactante, realmente parecia que elas eram nossas, que tinha uma intimidade. Logo veio a Emmanuelly para o meu colo. Então a gente deu banho nelas, trocamos e após todos os trâmites levamos elas para casa. Chegamos e meus pais já estavam nos aguardando, foi aquela festa. Elas tinham oito meses quando chegaram. Tivemos que adaptar toda a casa, porque estávamos preparados para um bebê só. O Dionísio adaptou os carinhos de passeio e era um sucesso na cidade, porque é atípico né?”, lembra a mãe.

 Após a adoção, veio a surpresa, duas gestações! “Para quem não tinha nenhuma, hoje temos quatro! Quando as gêmeas tinham cerca de dois anos e quatro meses eu descobri a gravidez da Evellyn, não fiz nenhum tratamento, foi um baque, porque eu olhava para duas bebês totalmente dependentes de mim e mais uma na barriga. Quando descobri a gravidez eu já estava gravida de quase quatro meses, e foi um susto muito grande, porque até então eu não poderia gerar bebês. Eu perguntava “Como vai ser agora?”, porque a gente já tinha mudado de cidade, morávamos em Cascavel, no Paraná, longe da minha mãe, minha sogra morava há 100 km mas não podia estar presente toda hora. Então nessa hora foi eu e ele, e as meninas se adaptaram muito bem ao nascimento da Evellyn. Então meu marido foi transferido para São Miguel do Oeste e quando ela completou um aninho, eu descobri que estava grávida de novo, de quase cinco meses da Elloysa, e aí foi outro baque. Agora seriam três bebês e mais um na barriga”, conta a mãe.

 Não há diferença entre o sentimento de um filho biológico e um filho adotivo, explica Soraya. “Você vai me perguntar e eu já vou te adiantar, o amor é o mesmo! Se não até mais, porque tanto eu quanto o Dionísio temos plena convicção que se a Emmilly e a Emmanuelly não tivessem chegado da forma que chegaram, eu jamais teria engravidado. Então eu acho que elas foram predestinadas a nós! Foi natural, não foi nada forçado e eu só tenho a agradecer porque elas só me dão orgulho. Todo mundo me pergunta “Mas Soraya é igual?”, sim é igual, não temos diferença nenhuma entre as quatro, porque a partir do momento que você faz com amor tudo flui”, explica.

 A mãe incentiva a quem tem interesse em formar famílias através da adoção. “A dúvida você só vai tirar quando você passar, o medo não te permite fazer muita coisa. Então quando as coisas acontecem ou você se joga com tudo ou você recua e quando você recua você perde muita coisa! É gratificante, a maioria das mães adotivas são tocadas, ninguém acorda e decide “quero adotar!”, é algo que vai acontecendo naturalmente, há fases na vida da gente e quando a gente quer um filho não importa a forma como ele vem. O amor flui e quanto as características, não importa, isso não tem nada a ver. Por exemplo, as meninas são muito parecidas com meu marido, elas vão pegando os trejeitos. É gratificante! Eu aconselho que quem tem vontade vá atrás, tem alguns trâmites para fazer, mas não desista, cada etapa que passa é uma etapa a mais que a gente vai vencendo. Fácil não é, a gente só precisa abrir o coração!”, finaliza a mãe.

Foto: TV GC

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