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ADUBAÇÃO VERDE E CULTURA DE COBERTURA: COMO FAZER?

Última atualização: 2019/08/23 2:52:52


Você com certeza já ouviu falar de algumas práticas de manejo, mas você sabe o que é adubação verde e de culturas de cobertura? Sabe como fazer? Talvez as funções dessas práticas não estejam tão claras assim. Mesmo assim, eu noto em campo uma grande ascensão nas propriedades brasileiras.

Os principais motivos são o fornecimento de nutrientes, retenção de água no solo e a melhora do solo. Estudos indicam que as plantas de cobertura conseguiram liberar ao solo formas de fósforo que equivalem a 40% da demanda da cultura de milho cultivado em sequência.

Também pode ocorrer o aumento de matéria orgânica do solo de 1,7% a 6,5% em algumas áreas. Mas para conseguir esses e outros benefícios da adubação verde e da cultura de cobertura essas práticas devem ser feitas corretamente.

Por isso, conheça mais sobre essas práticas e tire o melhor proveito delas:

O QUE SÃO CULTURAS DE COBERTURA E ALGUMAS VANTAGENS?

Culturas de coberturas são plantas cultivadas com a finalidade de criar uma camada de proteção no solo e melhorar a infiltração de água. Essa camada sobre o solo ajuda a caracterizar o plantio direto, fazendo com que tenhamos mais umidade e menos erosão na nossa propriedade.

A palhada também ajuda a suprimir as plantas daninhas pelo seu efeito físico, alelopático (podem liberar substâncias que prejudicam as invasoras) e biológico. As espécies utilizadas nesta prática são inúmeras, mas cada uma delas tem uma função específica.

As culturas de cobertura apresentam algumas vantagens nos solos, dentre elas podemos citar as principais: Cobertura do solo com grande quantia de massa verde; Proteção do solo contra variações bruscas de temperatura; Redução da infestação de plantas daninhas, com alguns trabalhos indicando que o plantio direto reduz em até 85% da infestação.

Aumentar a capacidade de retenção nutrientes do solo; Proteção do solo contra erosão e lixiviação de nutrientes; Melhoria da biodiversidade dos solos.

O QUE É ADUBAÇÃO VERDE?

A adubação verde está relacionada à semeadura de plantas que possuem grande potencial de produção de massa vegetal. Elas também podem possuir características morfológicas ou fisiológicas que trarão benefícios ao solo quando bem manejadas, como a fixação de nitrogênio.

Adubação verde é uma prática de cultivo milenar que visa o fornecimento de nutrientes ao solo. Assim, após o ciclo da cultura for completado, nós passamos a grade, rolo faca ou uma madeira pesada para acamar ou simplesmente cortar a planta para que essa massa verde fique sobre o solo, e acelerando a ciclagem e, consequentemente, o fornecimento de nutrientes.

Podemos ver no campo que a adubação verde pode recuperar áreas degradadas e melhorar solos pobres em fertilidade e com pouca matéria orgânica. As espécies utilizadas na adubação verde e culturas de coberturas podem ser as mesmas, o que muda é o manejo e o objetivo da prática. Isso porque, enquanto com a cultura de cobertura deixamos a palhada sobre o solo, na adubação verde revolvemos essa massa vegetal.

VANTAGENS DA ADUBAÇÃO VERDE

A adubação verde apresenta inúmeras vantagens aos solos onde são implementadas. Dentre as vantagens podemos falar das principais: Descompactação de solos; Ciclagem de nutrientes; Controle de nematóides; Redução de pragas agrícolas e doenças.

Proteção do solo contra erosão; Aumento da população microbiológica dos solos; Auxílio na absorção de fósforo nos solos; Redução da infestação e controle de plantas daninhas; Aumento da sustentabilidade dos sistemas de produção; Melhora dos atributos físicos químicos dos solos.

Ainda ocorrem maior eficiência e aproveitamento de água e nutrientes; Aumento da porosidade e estruturação do solo e o aumento do teor de matéria orgânica.

DIFERENÇAS ENTRE CULTURAS DE COBERTURA E ADUBAÇÃO VERDE


Como comentamos a principal diferença entre as duas práticas estão apenas no manejo e objetivo empregado. A prática da cultura de cobertura forma uma camada de proteção no solo que leva geralmente mais tempo para disponibilizar os nutrientes às plantas. Já na adubação verde, busca-se a liberação destes nutrientes em curto espaço de tempo.

As espécies recomendadas para adubação verde e cultura de cobertura a ser escolhida devem seguir alguns critérios básicos: Ser capaz de adaptar-se à fertilidade e solos das regiões onde será inserida, sendo indicadas as espécies naturais da região; Capacidade de produção de massa vegetal.

Reduzir a disseminação de pragas e doenças presentes nos solos; Possuir crescimento rápido; Capacidade de realizar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e bom desenvolvimento radicular. Buscam-se culturas que podem oferecer peno menos 10 toneladas de massa seca por hectare.

ESPÉCIES PARA ADUBAÇÃO VERDE FIXADORAS DE NITROGÊNIO


As leguminosas são famosas devido a sua capacidade de realização de FBN. Podem se associar às bactérias do gênero Rhizobium e Bradyrhizobium que fixam o N atmosférico.

Algumas ainda, como certas espécies de crotalárias, possuem como característica o controle de nematóides. A palhada das leguminosas possui menor relação C/N, o que auxilia na rápida disponibilização de nutrientes às culturas subsequentes.

Dentre os exemplos, destacam-se: Feijão-de-porco; Feijão Guandú; Ervilhaca; Crotalárias; Mucuna preta; Lab-lab e outros.

Já as espécies gramíneas para adubação verde ou cultura de cobertura apresentam elevado potencial de produção de matéria verde, mesmo em solos de baixa fertilidade. Além disso, contam com bom desenvolvimento radicular superficial, o que favorece a atividade dos micro-organismos.

As gramíneas geram uma cobertura residual mais estável, o que beneficia ao maior acúmulo de matéria orgânica nos solos. As gramíneas mais utilizadas são: Aveia; Milheto; Milho, Capim Tanzânia; Capim Mombaça entre outros.

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