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Alunos do ensino médio terão novas disciplinas e mais horas de ensino obrigatório em 2025

A carga horária nos três anos permanece como é hoje: 3 mil horas. O que muda é a divisão entre as disciplinas obrigatórias e as optativas, de aprofundamento de conhecimento em áreas específicas.

jornal nacional

Última atualização: 2024/07/11 8:57:45

A partir de 2025, alunos no ensino médio vão ter disciplinas novas e mais horas de ensino obrigatório.

A reforma do ensino médio já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados em março. No Senado, os parlamentares mudaram pontos da proposta e o texto teve de ser votado novamente pelos deputados. Depois de mais discussões com o MEC – Ministério da Educação e sociedade civil, a aprovação foi quase unânime: 437 votos a favor e um contra.

A carga horária nos três anos permanece como é hoje: 3 mil horas. O que muda é a divisão entre as disciplinas obrigatórias e as optativas, de aprofundamento de conhecimento em áreas específicas.

Atualmente, são 1,8 mil horas para as obrigatórias e 1,2 mil para as optativas. Agora, as obrigatórias crescem para 2.400 horas e optativas passam para 600 horas.

A lista de disciplinas obrigatórias aumentou: além de português, matemática, educação física, arte, sociologia e filosofia, entram inglês, ciências da natureza e ciências humanas. O espanhol segue sendo matéria optativa, apesar de ter sido votada como obrigatória pelos senadores.

Veja o que muda com o novo ensino médio aprovado pelo Congresso

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Nas optativas, cada escola terá de oferecer disciplinas em pelo menos duas áreas dos chamados Trilhos de Conhecimento – como linguagens, matemática e ciências. No sistema atual não havia essa especificação e as escolas públicas raramente ofereciam a carga completa.

No ensino técnico profissional, a carga total de 3 mil horas também fica igual. As matérias obrigatórias subiram de 1,8 mil para 2,1 mil horas, com até 300 horas aproveitadas dentro da formação.

O texto restringe o ensino à distância e só autoriza a modalidade de forma excepcional e temporária. O critério deverá ser estabelecido pelos estados.

E foi incluída na proposta a obrigatoriedade de que os estados ofereçam em todas as cidades ao menos uma escola da rede pública com ensino médio no período noturno – quando houver demanda.

O texto aprovado estabelece que, a partir de 2025, o novo modelo já esteja à disposição dos jovens que entrarem no primeiro ano do ensino médio. As redes de ensino terão até o fim de 2024 para redesenhar a oferta de professores em sala de aula para cumprir a nova lei. As novas regras ainda precisam ser sancionadas pelo presidente Lula.

Especialistas consideram que o atual sistema do ensino médio aumentou a desigualdade entre o ensino público e o privado. A presidente do Todos pela Educação, Priscila Cruz, considera que as mudanças foram positivas:

“Acho que a gente chegou aqui em uma composição bastante positiva para ter um ensino médio mais moderno, o ensino médio que permite flexibilidade com aprofundamento, que acho que essa é uma diferença bastante importante em relação ao que está em vigor hoje. O que a gente vai ter agora, aquilo que a gente já devia ter dito na lei anterior, que é ter itinerários que aprofundam o conhecimento e não itinerários que façam a dispersão dessa aprendizagem”.

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