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Análises realizadas pela Unoesc apontam melhoria na qualidade da água da região Extremo-oeste

Em 2003, 81,03% das amostras eram impróprias e, em 2018, esse percentual caiu para 26,07%

Última atualização: 2019/03/25 5:04:54

A análise da água das residências deve ser feita a cada seis meses

As análises de água realizadas pelo Laboratório de Microbiologia da Unoesc São Miguel do Oeste apontam uma melhoria na qualidade da água da região Extremo-oeste catarinense. No ano passado, 73,92% das amostras que chegaram ao laboratório estavam próprias para o consumo humano. O trabalho intenso de conscientização e de orientação, realizado na comunidade, pela Unoesc, com o apoio de diversas instituições do município, explica porque em 2003, 81,03% das amostras eram impróprias e, em 2018, esse percentual caiu para 26,07%.

Na sexta-feira, dia 22, em que foi comemorado o Dia Mundial da Água, foram distribuídos flyers, desenvolvidos pelo curso de Farmácia, com informações importantes sobre o assunto. A comunidade acadêmica pôde visualizar no microscópio diversos contaminantes que podem ser encontrados na água como o Ascaris lumbricoides (lombriga), o Escherichia coli (coliforme fecal) e a Giardia lamblia (protozoário). Além disso, foram demonstradas contaminações químicas que podem ser encontradas como carbonatos e ferro.

Segundo a professora doutora em Microbiologia Agrícola e do Meio Ambiente, Eliandra Rossi, a água tratada apresenta um percentual maior de amostras próprias para o consumo em relação a de poço. “Em 2018, 41,78% das amostras de água de poço analisadas estavam impróprias para o consumo, enquanto apenas 19,78% das amostras de água tratada estavam impróprias”, ressalta a professora.

Eliandra chama a atenção para a importância de realizar a análise da água das residências a cada seis meses, uma vez que um copo de água com ausência de cor, odor e gosto pode esconder micro-organismos invisíveis ao olho nu. “Nossos projetos de pesquisa envolvem pessoas que nunca fizeram uma análise por falta de informações ou condições financeiras. Nesses locais, 80% a 90% da população acredita que consome uma água de ótima qualidade porque não apresenta alterações na cor, odor e gosto”, salienta a professora.

Como cuidar da água

Para melhorar ou manter a qualidade, é preciso adotar alguns cuidados. A lavagem e desinfecção das caixas devem ser feitas a cada seis meses, mesmo que seja armazenada a água tratada. A caixa também deve estar bem fechada, impedindo a entrada de resíduos. Os filtros devem ser limpos ou trocados com frequência, conforme as instruções do fabricante. Além disso, os poços devem ser protegidos e estar localizados distantes de fossas ou do descarte de resíduos.

A qualidade da água está diretamente ligada à saúde. A ingestão de água contaminada pode implicar em doenças comuns como a diarreia e em outras mais graves como a Hepatite A, Amebíase, Cólera e a Febre Tifoide. “Nossa região já avançou muito na qualidade da água, o que, consequentemente, refletirá na saúde da população”, conclui a professora, doutora Eliandra Rossi.

Comunidade acadêmica pôde visualizar no microscópio diversos contaminantes que podem ser encontrados na água


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