Além de Moisés, pedido de impedimento cita a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca
A Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) acolhe na manhã desta quinta-feira (30) o pedido de impeachment contra Carlos Moisés (PSL). Além do governador, o pedido se estende a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca.
A leitura da denúncia, baseada no crime de responsabilidade, é feita neste momento.
O processo para a saída de Moisés é instaurado com base numa representação feita pelo defensor público Ralf Zimmer Junior. Na denúncia, Zimmer acusou o governador, a vice e o secretário de terem infringido a lei ao conceder um reajuste salarial aos procuradores do Estado. O valor foi equiparado ao salário pago no legislativo catarinense.
Na última terça-feira (28), a leitura da representação de impeachment foi adiada após um pedido da defesa do governador.
Apresentado pelo advogado que defende Carlos Moisés, a solicitação de Marcos Fey Probst levantou a suspeita sobre a legitimidade do autor da denúncia.
Segundo a defesa, Zimmer não estaria em pleno gozo dos direitos políticos, em função de uma ação criminal que corre contra ele na Justiça Estadual.
Sessão
A leitura da denúncia é feita desde às 9h30 pelo 1º secretário Laércio Schuster Junior (PSB). Já o comunicado da inclusão do impeachment na pauta foi feita pelo presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), minutos antes.
Ao sinalizar a inclusão do assunto no plenário, Garcia falou sobre a abertura do processo, que teve parecer favorável pela procuradoria da Alesc: “Afirmo que estou agindo no estrito cumprimento das minhas responsabilidades inerentes ao meu honroso cargo de presidente”, disse.
Com a leitura em plenário, o rito de impeachment passa ser oficial e os prazos de defesa começam a correr. Após a sessão, a Alesc deve notificar os citados no processo. O prazo para a defesa é de 10 sessões.
Uma comissão especial será formada com nove deputados. Eles devem ser indicados pelos partidos e têm a responsabilidade de analisar a denúncia. Não há previsão para o fim do processo.
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