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Argentina fecha fronteiras por 15 dias após avanço do coronavírus

País vizinho tem 56 casos confirmados da doença

Última atualização: 2020/03/16 8:29:53

O presidente Alberto Fernández: recessão econômica do país será acirrada pelas restrições provocadas pelo coronavírus Foto: AFP


O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste domingo a suspensão das aulas em todo o sistema educacional e o fechamento das fronteiras do país, ambos até 31 de março, para conter a disseminação do novo coronavírus. “Tomamos a decisão de suspender as aulas de amanhã (segunda-feira) até 31 de março, a fim de minimizar o trânsito de estudantes e, portanto, do vírus”, disse o presidente em uma entrevista coletiva após uma reunião do gabinete de emergência.

Fernández esclareceu que as escolas públicas permanecerão abertas, “atendendo às obrigações colaterais que elas têm, que têm a ver com a alimentação dos alunos”, acrescentou. Nas áreas mais pobres do país, muitas crianças têm seu único prato de comida garantido nas escolas. As fronteiras estão fechadas para o ingresso de estrangeiros não residentes no país, mas não haverá impedimentos para a saída do território nacional. “Fechamos as fronteiras da Argentina porque o coronavírus está começando a afetar os países vizinhos e porque os turistas que vêm de áreas de risco chegam pelas fronteiras terrestres”, explicou o presidente.

Fernández havia declarado horas antes que estava avaliando a imposição de uma quarentena de dez dias em todo o país. A medida ainda não foi tomada, mas provocou uma corrida de clientes a grandes supermercados para estocar suprimentos. Hoje, uma reunião analisará que medidas podem aliviar as novas restrições à economia do país, que está em recessão desde meados de 2018, com o aumento da pobreza e do desemprego. Além disso, o governo busca iniciativas para “diminuir o tráfego” em Buenos Aires e sua periferia, onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas e 70% dos infectados. “Essas medidas não correspondem a qualquer agravamento da situação. Podemos evitar que o crescimento (dos casos) seja exponencial e garantir que o sistema sanitário faça os atendimentos”.

De acordo com Fernández, o governo “será inflexível” com aqueles que não cumprirem o isolamento nos casos previstos. O número de pessoas infectadas no país aumentou de 45 para 56 neste domingo. Houve, até agora, dois óbitos. Todos os casos são importados ou de pessoas que tiveram contato próximo com outra ocorrência confirmada.


O presidente Alberto Fernández: recessão econômica do país será acirrada pelas restrições provocadas pelo coronavírus Foto: AFP

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