A atividade de gado de corte está crescendo cada vez mais no Extremo Oeste Catarinense, está ganhando cada vez mais destaque e novos adeptos, que veem nela uma forma mais fácil e garantida de obter retorno financeiro
Última atualização: 2017/08/28 9:09:00
Um fator que está levando muitas pessoas a mudar de atividade ou investir no gado de corte é pela falta de mão de obra para a atividade de leite, envelhecimento do meio rural e também por investidores do meio urbano.Este crescimento tem outras variáveis e explicações. Entre elas, por exemplo, está o fato de que é uma atividade muito mais fácil e barata, cujo há falta de oferta pela grande quantidade demanda que existe. O estado consome apenas 40% do que consome em função principalmente da crise suinícola, que aumenta o custo da carne suína, fazendo com que sua saída seja menor, aumentando, assim, a demanda de outros produtos. O relevo da região também serve como explicação para a aposta no ramo, Outro fator é a instabilidade nos preços dos grãos. Mas a atividade foi ficando cara e, como consequência, foi diminuindo. Desta forma, aquele produtor preferiu por migrar para a atividade de gado. Especialmente, pelo fato de que é uma atividade com menos demanda de mão de obra.Os produtores veem com bons olhos esse crescimento da atividade na região, pois dá mais perspectiva para os agricultores. Pelo também que o gado de corte é um ramo promissor, pois a principal fonte de alimentação é a pastagem perene. Neste caso a região está investindo em assistência técnica especializada com foco na pastagem de qualidade, com evolução na genética e na organização da categoria.PASTO DE QUALIDADE PARA PRODUZIR CARNE E LEITE A chegada do frio aliado a falta de chuva no inverno na região Extremo Oeste do estado de Santa Catarina está dificultando a criação do gado de corte. Os dados e as imagens não deixam dúvidas que o setor está sofrendo muito, pois esses fatores ocasionaram um empobrecimento das pastagens com as geadas e a seca. Assim avaliamos que a atividade passa por um momento crítico, como tradicionalmente ocorre nesta época do ano, mas com mais intensidade esse ano.O inverno é um período de custos elevados para criar os animais, visto as características climáticas que predominam nesta época, impedindo na maioria das vezes que as pastagens rebrotem e o gado continue tendo uma boa alimentação. Sem novos pastos e com as reservas de verão esgotadas, o que resta para o criador é suplementar a alimentação dos animais com sais minerais, silagem e pré-secados.Como é algo que acontece todo o ano, boa parte dos criadores consegue se programar para destinar áreas para produzir por conta própria àquilo que vai precisar para complementar à alimentação dos animais. Já aqueles que não conseguem realizar o procedimento restam apenas a possibilidade de comprar tudo pronto, porém com um custo elevado.Os tradicionais problemas enfrentados no inverno pelos criadores têm reflexos amargos na comercialização dos animais, fazendo o valor da arroba cair significativamente nessa época. Esta situação deve continuar instável para o setor até o final desse ano, sendo esperada uma melhora no setor somente para 2018.PASTAGENS PERENES MAIS INDICADASAs pastagens mais recomendadas pela Epagri no Estado são os capins do gênero Cynodon (Tifton e Jiggs), a missioneira-gigante, os capins-elefantes (Pioneiro e Kurumi) e os pastos do gênero Hemarthria. Sobre essa base, pode-se fazer o consórcio de leguminosas, como trevo-branco, trevo-vermelho e amendoim-forrageiro, e de pastagens anuais de inverno, como aveia e azevém. O objetivo é aumentar o ciclo produtivo, melhorar a qualidade do pasto no inverno e produzir alimento com maior valor nutritivo.A Epagri atua em todo o Estado para orientar o uso dessas pastagens e o manejo sob os princípios do Pastoreio Racional Voisin. Esse sistema prevê, entre outras práticas, a divisão da pastagem em piquetes e o rodízio dos animais pelas áreas, dando tempo para que o solo e as plantas se recuperem. Já são 50 mil hectares de pastagem no Estado manejados dessa forma e a meta é ir bem mais longe. Para isso, a Epagri conta com a parceria das Secretarias Municipais de Agricultura e da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca por meio dos programas SC Rural e Kit Forrageiro.A mudança não foi só econômica. Com o solo coberto de plantas e o esterco dos animais que fica nos piquetes, a necessidade de adubação caiu bastante. O solo não lava mais com a chuva como antigamente e é muito mais fofo.Todas essas melhorias podem ser perfeitamente adaptadas para o gado de corte, onde se usa muito a divisão de área em piquetes com água e sal mineral, sem esquecer a sombra. Passou-se o tempo de usar aqueles potreiros enormes onde os animais circulam demais e perdem muita energia, acabando ganhando pouco peso. Outro fator a considerar é que se deixarmos o pasto repousar, percebe-se uma evolução no crescimento vegetativo e com isso se alcança mais matéria seca por metro quadrado dando mais alimento de qualidade e consequentemente ganho de peso extraordinário.CHEGADA DO FRIO DIFICULTA CRIAÇÃO DO GADO DE CORTE NO EXTREMO OESTEA chegada do frio aliado a falta de chuva no inverno na região Extremo Oeste do estado de Santa Catarina está dificultando a criação do gado de corte. Os dados e as imagens não deixam dúvidas que o setor está sofrendo muito, pois esses fatores ocasionaram um empobrecimento das pastagens com as geadas e a seca. Assim avaliamos que a atividade passa por um momento crítico, como tradicionalmente ocorre nesta época do ano, mas com mais intensidade esse ano.O inverno é um período de custos elevados para criar os animais, visto as características climáticas que predominam nesta época, impedindo na maioria das vezes que as pastagens rebrotem e o gado continue tendo uma boa alimentação. Sem novos pastos e com as reservas de verão esgotadas, o que resta para o criador é suplementar a alimentação dos animais com sais minerais, silagem e pré-secados.Como é algo que acontece todo o ano, boa parte dos criadores consegue se programar para destinar áreas para produzir por conta própria àquilo que vai precisar para complementar à alimentação dos animais. Já aqueles que não conseguem realizar o procedimento restam apenas a possibilidade de comprar tudo pronto, porém com um custo elevado.Os tradicionais problemas enfrentados no inverno pelos criadores têm reflexos amargos na comercialização dos animais, fazendo o valor da arroba cair significativamente nessa época. Esta situação deve continuar instável para o setor até o final desse ano, sendo esperada uma melhora no setor somente para 2018.
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