A ausência do presidente da empresa no evento gerou críticas de deputados e funcionários
presidente da empresa, Cleicio Poleto Martins, para falar sobre o tema no Plenário da Assembleia Legislativa. Martins não participou da audiência desta quarta-feira.
A ausência
dele no evento gerou críticas de deputados e funcionários da empresa, que veem
no processo de mudança da estrutura da Celesc um claro sinal de privatização.
Outros encaminhamentos do evento indicaram a apresentação de duas moções ao
governador Carlos Moisés (PSL)
Uma delas em
favor da manutenção das agências regionais da Celesc e outra de repúdio à
reestruturação, além da solicitação de uma audiência com o chefe do Executivo
estadual para debater a polêmica.
“Lamento
muito que o presidente da Celesc, ou um representante dele, não estejam aqui.
Essa é uma grande falha por parte da empresa”, criticou o deputado Ismael dos
Santos (PSD).
“Aprovamos
aqui em 2018 um empréstimo de um bilhão para que não chegássemos ao estado em
que chegamos”, citou Valdir Cobalchini (MDB). “O financiamento deveria ser
suficiente para não se falar em privatização. Não há espaço para tratar sobre
isso” complementou.
Para o
deputado Neodi Saretta (PT), a Celesc é uma das melhores empresas de Santa
Catarina, e por isso “não há razão para que ela deixe de ser pública”,
comentou.
Proponente da
audiência na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o deputado
Fabiano da Luz (PT) informou que Martins apenas encaminhou um ofício à
presidente do colegiado, deputada Paulinha (PDT).
No documento,
o presidente listou investimentos previstos para 2019 e reafirmou que o foco é
“permanecer o governo do estado com mais de 50% das ações ordinárias da
empresa, cujo capital é de economia mista.”
Para os representantes
dos trabalhadores, a realidade é outra. A mudança representa uma perda de
autonomia, o que eles avaliam como o início de um processo de privatização.
Leandro
Nunes, representante dos empregados no Conselho de Administração da Celesc,
destacou a importância da participação da Alesc no assunto. “Tivemos aqui
deputados de cinco partidos dos mais diferentes posicionamentos
político-ideológicos. Aqui não se trata de ser esquerda, direita ou centro.
Aqui se trata de quem tem a capacidade e responsabilidade de defender a Celesc
pública”, concluiu.
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