Home Audiência pública debate sobre reestruturação da Celesc

Audiência pública debate sobre reestruturação da Celesc

A ausência do presidente da empresa no evento gerou críticas de deputados e funcionários

Última atualização: 2019/04/24 8:01:55

 presidente da empresa, Cleicio Poleto Martins, para falar sobre o tema no Plenário da Assembleia Legislativa. Martins não participou da audiência desta quarta-feira.

A ausência dele no evento gerou críticas de deputados e funcionários da empresa, que veem no processo de mudança da estrutura da Celesc um claro sinal de privatização. Outros encaminhamentos do evento indicaram a apresentação de duas moções ao governador Carlos Moisés (PSL)

Uma delas em favor da manutenção das agências regionais da Celesc e outra de repúdio à reestruturação, além da solicitação de uma audiência com o chefe do Executivo estadual para debater a polêmica.

“Lamento muito que o presidente da Celesc, ou um representante dele, não estejam aqui. Essa é uma grande falha por parte da empresa”, criticou o deputado Ismael dos Santos (PSD).

“Aprovamos aqui em 2018 um empréstimo de um bilhão para que não chegássemos ao estado em que chegamos”, citou Valdir Cobalchini (MDB). “O financiamento deveria ser suficiente para não se falar em privatização. Não há espaço para tratar sobre isso” complementou.

Para o deputado Neodi Saretta (PT), a Celesc é uma das melhores empresas de Santa Catarina, e por isso “não há razão para que ela deixe de ser pública”, comentou.

Proponente da audiência na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o deputado Fabiano da Luz (PT) informou que Martins apenas encaminhou um ofício à presidente do colegiado, deputada Paulinha (PDT).

No documento, o presidente listou investimentos previstos para 2019 e reafirmou que o foco é “permanecer o governo do estado com mais de 50% das ações ordinárias da empresa, cujo capital é de economia mista.”

Para os representantes dos trabalhadores, a realidade é outra. A mudança representa uma perda de autonomia, o que eles avaliam como o início de um processo de privatização.

Leandro Nunes, representante dos empregados no Conselho de Administração da Celesc, destacou a importância da participação da Alesc no assunto. “Tivemos aqui deputados de cinco partidos dos mais diferentes posicionamentos político-ideológicos. Aqui não se trata de ser esquerda, direita ou centro. Aqui se trata de quem tem a capacidade e responsabilidade de defender a Celesc pública”, concluiu.

FOTO: Eduardo G. de Oliveira/Agência AL

deixe seu comentário

leia também

leia também