Baixa adesão marca início da vacinação contra a dengue em Santa Catarina

Foto: Prefeitura de Joinville / Divulgação

Duas semanas após o início da vacinação contra a dengue, Santa Catarina registrou a aplicação de 9.236 doses até esta segunda-feira, dia 11. Com o público-alvo composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, a meta é vacinar 71.468 pessoas. No entanto, apenas 12,9% da meta foi alcançada até o momento, de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Em resposta ao aumento de casos e mortes pela doença, o Governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em todo o Estado, conforme estabelecido pelo decreto 478, válido por 180 dias.

O decreto estabelecido, foi feio afim de reconhecer a emergência da doença com base em quatro parâmetros apresentados no cenário atual: elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti, aumento significativo de casos em comparação com o mesmo período de 2023, ocorrência de óbitos e risco potencial de sobrecarga nos serviços de saúde pública.

Atualmente, a vacinação é realizada em 13 cidades da região Norte de Santa Catarina, sendo Joinville a que mais vacinou até o momento, com 5.052 doses aplicadas, seguida por Jaraguá do Sul, com 1.102, e São Francisco do Sul, com 665. Por outro lado, Balneário Barra do Sul é o município com menor número de aplicações, totalizando 47 doses.

As faixas etárias mais vacinadas foram as de 10 e 11 anos, com 3.629 e 3.625 doses, respectivamente, as quais foram as primeiras a serem imunizadas, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Por outro lado, a adesão entre os adolescentes de 14 anos foi a menor, com apenas 575 doses aplicadas. Devido à baixa adesão, houve uma ampliação da faixa etária apta para a vacinação, com a expectativa do diretor da Dive, João Augusto Fuck, de que isso acelere a campanha de vacinação.

“Certamente vai proteger esse grupo, especialmente contra as formas graves da doença. A Secretaria de Estado da Saúde e a Dive incentivam os pais ou responsáveis para que vacinem essas crianças e adolescentes”, pontua.

Ele reforça que a vacina é uma das principais estratégias para Santa Catarina e o Brasil enfrentarem a doença.