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Bebês expostos à poluição podem sofrer alterações cerebrais na adolescência

Pesquisa sugere que, a partir dos 12 anos, uma área importante do cérebro conhecida como matéria cinzenta cerebral já apresenta danos causados pelo ar poluído das cidades

Última atualização: 2020/01/28 5:20:58


Voluntários tiveram níveis altos ou baixos de exposição ao TRAP logo no primeiro ano de vida (Foto: Pxhere)


Um novo estudo realizado pelo Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, descobriu que crianças com altos níveis de exposição à poluição do ar relacionada ao tráfego (conhecida pela siga TRAP) podem sofrer alterações importantes no cérebro já a partir dos12 anos. 


A pesquisa, publicada na última sexta-feira (24) no periódico científico PLOS One, observou que a TRAP, emitida por meios de transporte urbanos, pode levar a uma redução no volume da matéria cinzenta do cérebro. Essa área inclui regiões cerebrais importantes, envolvidas na função motora e também na percepção sensorial, como a visão e a audição. 


Para observar o cérebro dos participantes, os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética de 147 crianças. Elas foram acompanhadas dos 6 meses de vida aos 12 anos de idade com o objetivo de avaliar o impacto da TRAP na saúde. 



Os cientistas estimaram o contato com a poluição coletando amostrar do ar de 27 locais em Cincinnati, em diferentes estações do ano. Os pequenos passaram por avaliações quando tinham 1, 2, 3, 4, 7 e 12 anos. 


“Os resultados deste estudo, embora exploratórios, sugerem que onde você mora e o ar que respira podem afetar o desenvolvimento do cérebro. Essa perda pode ser suficiente para influenciar o desenvolvimento de vários processos físicos e mentais “, diz Travis Beckwith, pesquisador do Cincinnati Children e principal autor do estudo, em comunicado.


Pesquisas anteriores também sugerem que a exposição ao ar poluído contribui para doenças neurodegenerativas e distúrbios do desenvolvimento neurológico.

Voluntários tiveram níveis altos ou baixos de exposição ao TRAP logo no primeiro ano de vida (Foto: Pxhere)

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